A criminosa que fez transmissões ao vivo em seu canal no Facebook do roubo com reféns nesta madrugada de quarta-feira (9), no município de Ferreira Gomes, é a mesma mulher que simulou uma entrega para abrir caminho para assaltantes agirem na casa de um médico dois meses atrás, em Macapá.
A informação é do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, que negociou por mais de seis horas a rendição dos bandidos.
Segundo o tenente Willian Leite, negociador do Bope, Maria Euclina Nascimento Santos, a Duquesa, de 24 anos, foi reconhecida nas imagens filmadas por câmeras de segurança da vizinhança que flagraram parte da ação criminosa na casa do profissional de saúde, localizada no conjunto Cabralzinho, zona oeste da capital, de onde levaram vários objetos.
O roubo ocorreu na manhã do dia 10 de janeiro. Nas filmagens uma mulher desce do carro dos assaltantes com um embrulho em mãos. Enganadas, as vítimas abrem o portão. Nesse momento, os moradores da casa foram surpreendidos pelo restante dos criminosos, que estavam dentro do carro. Para a polícia, essa mulher é Duquesa. Veja as imagens:
Naquela ocasião, os criminosos perguntavam por ouro e armas. Esses armamentos seriam os mesmos apreendidos com o bando que fez reféns esta madrugada em Ferreira Gomes. São armas de airsoft – armas esportivas de pressão, que usam munições não letais, como bolas de tinta.
Não foi encontrado nenhum ouro na casa do médico e eles acabaram levando outros objetos, como celulares, notebook, relógios e eletroeletrônicos.
Segundo a polícia, Duquesa é membro de uma quadrilha especializada em roubos a residência. O modus operandi implementado no assalto do Cabralzinho é similar ao que o bando usou para entrar na casa das vítimas no roubo de Ferreira Gomes: os criminosos enganam as vítimas para fazê-las abrir a entrada, sem precisar de arrombamento.
Esta madrugada, um dos integrantes da quadrilha de Duquesa estava disfarçado de policial. Foi desta forma que a vítima abriu a porta da frente sem saber que se tratava de uma emboscada.
Depois que ela e seu bando se renderam 17 anos e 3 adultos, sendo dois homens e uma mulher que tiveram o assalto frustrado por policiais militares do 7º Batalhão. Os militares cercaram o imóvel antes da saída dos bandidos.
Ainda segundo a polícia, um dos dois revólveres verdadeiros apreendidos era do furto à empresa de vigilância Pargel, ocorrido em 11 de janeiro, no Bairro Jardim Felicidade 1, na zona norte de Macapá. No furto foram levados 33 revólveres calibre 38, quatro escopetas calibre 12 e uma pistola 380.