Por LEONARDO MELO
Uma das maiores apreensões de drogas e celulares da história do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) acaba de chegar à justiça. A nutricionista Letícia Kenya Staut Ferreira, presa pelas polícias Federal e Penal, acaba de ser denunciada pelo Ministério Público do Estado por tráfico de drogas, armas e ingresso de produtos proibidos em sistema penitenciário, entre outros crimes.
O detento Rafael Mendonça Góes também foi denunciado. De acordo com as investigações e denúncia do MP, a nutricionista usou a estrutura da empresa onde trabalhava para deixar uma caixa dentro da cozinha do Iapen no dia 1º de fevereiro deste ano. Rafael seria o detento responsável pela chegada dos produtos nos pavilhões.
Frames dos vídeos que demonstrariam essa sequência foram anexados à denúncia enviada à justiça, além das conversas no WhatsApp entre ela e Rafael, nas quais eles tratavam sobre o carregamento e a segurança interna no presídio.
“Analisou-se ainda que, pelo teor das conversas extraídas, os interlocutores tinham plena consciência da empreitada criminosa que decidiram participar, inclusive dos riscos inerentes a ela”, dizem na denúncia os promotores de justiça Rodrigo Assis e Andréa Guedes, do Gaeco.
A nutricionista foi presa em flagrante no dia 4 de fevereiro. Ao todo, foram apreendidos 9 quilos de maconha e cocaína; 50 telefones celulares e 59 chips, além de uma arma de fogo e munições. A prisão dela foi transformada em preventiva no dia 6.
Em depoimento, Rafael permaneceu em silêncio, enquanto Letícia negou as acusações e acusou os policiais de irregularidades durante procedimentos da operação. Se a justiça aceitar a denúncia, ela e Rafael viram réus no processo.