Por SELES NAFES
Um café da manhã repleto de lideranças do mesmo campo político e até adversários marcou a posse da nova executiva estadual do Pros no Amapá, na manhã desta quarta-feira (23). Os dois principais nomes na disputa pelo governo, o vice-governador Jaime Nunes (Pros) e o ex-prefeito de Macapá, Clécio Luís (Solidariedade), participaram do evento e foram as estrelas do encontro. Contudo, foi a possível ida de Jaime para o MDB que dominou as conversas paralelas.
O evento oficializou a posse do jornalista Carlos Lobato na presidência do Pros por indicação do secretário-geral do PTB, Kassyo Ramos. Além de mostrar a força da legenda no cenário de 2022, a presença de Clécio e Jaime no mesmo evento era vista como a primeira oportunidade de ouvir, no mesmo ambiente, os personagens da provável polarização do pleito.
Só que a possível saída de Jaime do Pros é dada como quase certa. Procurado pelo Portal SN, Jaime admitiu que está conversando com outros partidos, e citou o PSB, MDB e Podemos. Pelo menos por enquanto, ele garante que continua filiado ao Pros.
“Estou no Pros e continuo no Pros até decisão final. Não tenho nenhum direcionamento para sair, mas preciso analisar a conjuntura política e discutindo as nominatas. Então, até a próxima segunda ou terça-feira eu terei essa decisão”, explicou.
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João Henrique, homem forte do prefeito Dr Furlan, discursa na posse do Pros: evento reuniu antagonistas. Foto: Seles Nafes
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Carlos Lobato, presidente do Pros: depende de Jaime
Para o novo presidente do Pros, se a saída realmente ocorrer a legenda ficará desobrigada de apoiar a candidatura do vice-governador. O caminho natural, segundo ele, seria o apoio a Clécio.
“Podemos travar uma discussão para que ele (Jaime) possa apontar o que pretende com o Pros num eventual governo dele. Mas se está deixando a nossa casa política, vamos abrir diálogo com outras forças, notadamente o Clécio, que já nos procurou. Se as condições atenderam interesses dos dois lados, vamos fechar. Mas não existe nenhuma disposição nossa do Jaime sair ou ficar, depende dele. É como se fosse um jogo de xadrez, e a vez de jogar é do Pros”, ponderou.