Suicídios e automutilações na pandemia preocupam psiquiatras do Amapá

Em função disso, médicos decidiram reativar Núcleo Amapaense de Psiquiatria
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Médicos de Macapá decidiram reativar o Núcleo Amapaense de Psiquiatria e Saúde Mental (NAP). Entre os motivos da mobilização está a alta taxa de suicídios e atendimentos de pessoas com transtornos mentais.

Os médicos já sabem, por exemplo, que alguns transtornos estão relacionados à infecção pelo coronavírus. Segundo a psiquiatra Camila Alves Correa Neiva, a doença pode provocar alterações importantes no cérebro agravadas, principalmente, pelo período em que houve isolamento e distanciamento social.

“O número de casos de transtornos psiquiátricos em todas as faixas etárias aumentou consideravelmente em todo Brasil durante a pandemia, e no Amapá não tem sido diferente”, assegurou.

O núcleo não divulgou estatísticas sobre suicídios, mas garante que as faixas etárias mais afetadas são de 15 a 19 anos, ou seja, adolescentes e jovens. Há registros de “lesões autoprovocadas”.

Médicos se encontraram para discutir a reativação do núcleo. Foto: Divulgação

“E essa foi uma das razões que motivou os médicos a reativar o NAP e a retomar a discussão sobre a importância psiquiatria no Estado”, acrescentou.

O núcleo foi criado em 2003. No ano seguinte, se filiou à Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Depois de atuação intensa nos primeiros anos, com eventos locais e fora do Estado, além da publicação de artigos, a entidade paralisou em função diminuição da quantidade de profissionais no Amapá.

Seles Nafes
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