Um taxista, de idade e nome não revelados pelas autoridades, foi indiciado pela Polícia Civil do Amapá nesta segunda-feira (28), por estupro de vulnerável contra uma menina de 13 anos, que ele transportava para a escola com a confiança da família da vítima.
O crime foi investigado pela equipe da Delegacia Especializada em Repressão de Crimes Contra a Criança e Adolescente (DERCCA).
De acordo com o delegado Ronaldo Entringe, a investigação teve início em janeiro de 2021, após a divulgação, em redes sociais e WhatsApp, de um vídeo em que aparece uma mulher acusando o taxista de ter abusado sexualmente de sua filha, uma adolescente, que tinha 12 anos de idade à época.
No vídeo, a mãe da vítima acusa o taxista de ter se aproveitado da confiança depositada nele e da circunstância de levar e trazer a adolescente de casa para a escola. Segundo ela, foi num desses trajetos que ele manteve relações sexuais com a adolescente, hoje com 13 anos.
À época, ela pegou o celular da filha e se passou pela menina para conversar, via Whatsapp, com o taxista e agendar um encontro amoroso. Quando ele chegou ao local deu de cara com a mãe da vítima.
Ainda no vídeo, ela narra que pegou as conversas dele com a garota. O homem que fez o vídeo com um celular, diz que a menina teria revelado que o taxista consumou o ato sexual com ela.
“Eu confiei em você. Minha filha tem 12 anos. Presta atenção no que você fez, a minha filha é uma criança”, diz a mão durante o encontro agendado pela internet. Veja:
Entretanto, apesar disto, a mãe da vítima pensou em desistir da denúncia e demorou vários meses para, finalmente, conversar com a polícia. Mas, o inquérito já havia sido aberto depois que o delegado Entringe tomou conhecimento do vídeo.
“Tivemos muita dificuldade de intimar a mãe da vítima, que passou meses no interior do estado e, apesar de saber da existência do inquérito policial, não colaborou com as investigações. Ela só prestou depoimento no mês de novembro, após retornar à Macapá, tendo, inclusive, enviado um áudio a um dos agentes de polícia em que confirma os abusos sexuais sofridos pela sua filha e solicita que as investigações sejam encerradas, através do arquivamento. Não há essa possibilidade”, argumentou o delegado.
No interrogatório, o acusado permaneceu em silêncio. Mas, mesmo assim, foi indiciado pelo crime de estupro de vulnerável.
O delegado enviou o inquérito policial ao Ministério Público Estadual, que vai analisar e decidir se oferta denúncia à Justiça do Amapá.