Alunos de escola municipal estão sem professores desde o início do ano

Os pais chegaram a transferir os filhos para a escola, mas se arrependeram. Crianças estão em casa sem estudar. Fotos: Leonardo Melo
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 Por LEONARDO MELO 

Cinco turmas de ensino fundamental da Escola Municipal Vera Lúcia Pinon, localizada no Bairro Infraero II, zona norte de Macapá, estão sem professores. Há crianças que nem iniciaram o ano letivo.

A Portal SelesNafes.Com apurou que as cinco turmas que estão sem professores são: 214, 113, 121, 123 e 412. Segundo os pais, já havia a falta de professores, mas a situação piorou quando outros educadores apresentaram atestados médicos.

Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Macapá convocou 55 candidatos habilitados do último concurso, mas estes profissionais ainda não teriam começado a trabalhar.

Sem professores, a solução é esperar. Há situações em que alguns pais só conseguiram vagas no início do ano em escolas de bairros mais distantes. Mas assim que ouviram falar que havia vagas na Escola Vera Lúcia, transferiram seus filhos para lá. A maioria se arrependeu do que fez.

Isso aconteceu com a dona de casa Juliana Maria de 26 anos, que mora no Bairro Açaí. Ela tem um filho de 6 anos. No início do ano, ela o matriculou na escola localizada no bairro Infraero I. Assim que ficou sabendo da vaga no Infraero II, tratou logo de transferir o filho.

“Depois da matrícula a moça falou assim: é só você ir lá no WhatsApp e mandar uma mensagem que vamos mandar a turma que ele vai estudar. Eu disse: tá. Mandei mensagem e a moça falou que estava sem previsão pra iniciar as aulas porque estavam sem professor. Agora meu filho está há quatro semanas sem estudar. Toda vez que vou lá eles dizem pra chamar a imprensa porque eles não têm o que fazer”, reclamou a mãe do aluno.

Escola Vera Lúcia Pinon fica no Bairro Infraero II. Fotos: Leonardo Melo

A mesma situação aconteceu com a Liliane Sousa, de 29 anos. A filha dela também estudava em uma escola no Bairro Infraero I. Ela também ouviu que havia vaga na escola, então aproveitou para transferir a filha.

“A gente tinha que levar ela todos os dias lá pro Infraero I, sendo que a gente mora na Ilha Mirim. Pra gente foi uma boa notícia, só que aí depois jogaram um balde de água fria. Minha filha está sem estudar”, protestou a mãe.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação, mas não obteve resposta quanto a data que os professores devem ser enviados para a escola.  

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