Libertado em audiência, policial diz que atirou em segurança por engano

Força Tática prendeu policial penal que tinha deixado o local após o tiro
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Por SELES NAFES

O policial penal que atirou no segurança de um bar, durante uma confusão no Centro de Macapá, na madrugada da última quinta-feira (31), vai responder ao processo em liberdade. A decisão foi do juiz Naif Daibes, durante a audiência de custódia. A vítima, que levou um tiro no rosto, continua internada no Hospital de Emergência de Macapá.

O crime ocorreu por volta das 4h50min, em frente a um bar que havia acabado de fechar. O segurança Bruno Ferreira Picanço, de 35 anos, de acordo com relatório da PM, teria tentado acabar com uma briga entre os clientes quando foi atingido no rosto. O policial penal João Carlos de Souza Gemaque, de 37 anos, fugiu do local num Celta preto que foi interceptado por uma equipe do Batalhão de Força Tática.

Na audiência de custódia, o policial confirmou ter atirado, mas sem a intenção de atingir o segurança. Ao avaliar o caso, o juiz entendeu que a prisão temporária não deve ser regra geral, principalmente porque o processo pode evoluir da tese de tentativa de homicídio para uma lesão corporal grave ou legítima defesa.

“Muito embora se trate de pessoa que tenha o dever de atuar com cautela, as circunstâncias em que os fatos ocorreram carecem de maiores esclarecimentos, o que poderá, inclusive, acarretar possível desclassificação do crime”, comentou na decisão.

Policial penal confessou ter disparo o tiro, mas por engano. Foto: Reprodução

No entanto, o policial terá que cumprir medidas, como não se ausentar da cidade por mais de sete dias sem o conhecimento da justiça, e manter atualizados o endereço e telefone a cada dois meses.

Nas redes sociais, parentes e amigos do segurança Bruno Picanço iniciaram uma campanha para ajudar no tratamento da vítima do tiro.

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