Por SELES NAFES
Nos últimos quatro anos, a ex-presidente da Federação das Indústrias do Amapá e ex-deputada federal Jozi Araújo, então filiada ao Podemos, viu ruir sua carreira política. No fim de 2021, entretanto, ela iniciou uma reação. Depois de perder o mandato nas urnas em 2018, ela foi acusada de fraudar a criação de sindicatos patronais e chegou ser foragida da justiça durante boa parte de 2019. Este mês, a ex-parlamentar conseguiu se livrar do principal processo judicial contra ela.
No último dia 8, o juiz Mário Franco Júnior, da 4ª Vara Federal do Amapá, mandou arquivar ação penal que poderia colocá-la na cadeia. A decisão atendeu pedido da defesa, que no fim do ano passado já tinha conseguido trancar a ação penal no Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF1). Jozi era acusada pelo Ministério Público Federal de comandar um esquema para controlar a Fieap e os recursos recebidos do Sistema S.
O controle sobre a entidade se daria por meio da criação de sindicatos que votariam nela, o que teria sido feito com a ajuda de parentes e assessores da então parlamentar em 2017. Alguns chegaram a ser presos na Operação Sindicus, da Polícia Federal, em maio de 2019.
No caso de Jozi, o TRF1 avaliou que não havia provas técnicas contra ela, como laudos periciais para atestar documentos supostamente falsos. O tribunal determinou o trancamento da ação, agora arquivada em definitivo.
No entanto, o processo continua em andamento para outros acusados de integrar o grupo político de Jozi, entre eles o irmão dela, Josevaldo Araújo, e o pai deles, João Mariano, de 70 anos. Os três chegaram a ter a prisões decretadas, mas apenas Josevaldo chegou a ser conduzido.