Por RODRIGO ÍNDIO
Com objetivo de desafogar o corredor do Pronto Atendimento Infantil (PAI), principal unidade de emergência para crianças e adolescentes no Amapá, foi inaugurada, nesta terça-feira (19), uma ala de observação com 20 novos leitos.
O investimento é de R$ 103 mil, aproximadamente, recurso da Vara de Execuções das Penas ou Medidas Alternativas (VEPMA).
A Sesa equipou a ala com todo o mobiliário e aparelhos hospitalares necessários para os atendimentos.
No espaço, as crianças passarão por atendimentos e tratamentos, como manipulação de medicamentos, antes de serem liberadas ou reguladas para internação no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), dependendo da evolução e da avaliação médica do caso.
A parceria iniciou em 2021, quando a VEPMA direcionou alguns reeducandos para atuar com prestação de serviços à comunidade na unidade de saúde, fora do horário comercial.
“Temos uma resolução nacional e estadual que nos destina um recurso que é gerenciado pela VEPMA. Esse recurso é proveniente de prestações pecuniárias. São penas alternativas que algumas pessoas são obrigadas a cumprir e esse valor é depositado numa conta em nossa unidade e somos a unidade gestora na capital”, explicou o juiz Eduardo Navarro Machado, titular da VEPMA.
Com a parceria, foi vista a necessidade antiga.
“Foi uma opção interessante em dar uma ajuda para a Sesa porque, aqui, no HCA, tinham muitas crianças nos corredores na observação. A diretora atual detectou um espaço e foi feito orçamento, avaliação e nós conseguimos o repasse desse recurso para ajudar a atividade fim com a finalidade de dar um conforto maior para as crianças e mães”, acrescentou Navarro.
Segundo a diretora do Hospital da Criança e do Adolescente e Pronto Atendimento Infantil, Rosiane Pereira, a obra da nova ala durou 28 dias. O serviço contou com colocação de piso, rede elétrica, forro, climatização, construção de banheiros e posto de enfermagem.
“A ala também está preparada para receber pacientes que precisem de monitorização multiparâmetro e suporte de rede de gases. A ala vai impactar de maneira significativa porque como a gente tem um fluxo muito alto de atendimento e o prédio é muito antigo, de muitos anos, então a população cresceu e a estrutura, não. Então, agora a gente pode ofertar e com certeza vai afetar na questão do corredor”, disse.
De acordo com ela, a superlotação nos corredores ocorre principalmente no período de sazonalidade do inverno amazônico, quando o fluxo no hospital aumenta entre 60% e 70%.
A reportagem tentou conversar com algumas mães e pais de pacientes para opinar sobre nova ala, mas não teve autorização por parte de representantes da Secretaria de Saúde.
A ala passou a funcionar no início da tarde de hoje.