Pai de 13 filhos sustenta a família há 40 anos tratando peixe na Semana Santa

Conhecido como Seu Porquinho, o trabalhador aprendeu a tratar e ticar ainda muito jovem e aperfeiçoou com o tempo.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Fazer evisceração, filetar e tratar o pescado do jeito que o cliente pede utilizando de tranquilidade, habilidade e agilidade. Esse é o segredo de seu Rosivaldo Costa da Silva, conhecido carinhosamente como Porquinho, de 60 anos.

Pai de 13 filhos, há 40 anos ele trabalha como tratador de peixes no período da Semana Santa. A simpatia e o preço acessível pelo serviço oferecido também atraem diversos clientes.

“É a oportunidade que tenho de ganhar dinheiro, então aproveito. Criei meus filhos com esse trabalho. Nos dias comuns vendo peixe, caranguejo, trato lá na feira do Mercado Central. Gosto sempre de trabalhar com o sorriso no rosto”, comentou.

O semblante contente também é motivado pelo retorno ao trabalho nesta época, já que em anos anteriores a pandemia impediu seu “bico”. Nesta quinta-feira (14) ele mal tinha tempo de beber água. Eram muitos clientes.

É preciso ter habilidade …

… para não se ferir

“Cheguei aqui às 6h da manhã, só saio quando tiver o último cliente. Agradeço a Deus por esse retorno nessa época. Cobro R$ 3 por peixe, se quiser contratar basta ligar (96) 98426-5610. Quero continuar tendo uma vida digna”, pontuou.

O amigo Antônio Moraes, que estava trabalhando com o tratador hoje no Conjunto São José, na zona sul de Macapá, onde ocorria comercialização de peixes e hortaliças, disse que ele é o melhor no que faz.

Francisca Martins aproveitou a oportunidade.

Francisca Martins aproveitou os serviços de Seu Porquinho

No conjunto São José, muitas pessoas foram atrás do tradicional…

… pescado da Semana Santa. Fotos: Rodrigo Índio/SN

“Vou reunir a família e não pode faltar o peixe recheado. Vou preparar uma pirapitinga e trouxe para tratar para não ficar tão ‘pitiú’ em casa e porque ele tá vivo, aí, dificulta. O valor do senhor que trata tá em conta”.

O aposentado Antônio Nunes, se alimenta constantemente de pescado por achar bastante saudável. Ele também precisou dos serviços de Porquinho.

Antônio Nunes também usou os serviços de seu Porquinho

“Gosto de manter a tradição”

O amigo Antônio Moraes disse que Seu Porquinho é o melhor no que faz

“Gosto de manter a tradição. É complicado tratar, então melhor pagar quem entende. E é justo para colaborar com quem está em busca do seu sustento”, comentou.

Seu Porquinho aprendeu tudo o que sabe ainda muito jovem e aperfeiçoou com o tempo. Ele garante que enquanto viver continuará fazendo o que mais gosta.

Seles Nafes
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