Por OLHO DE BOTO
A Polícia Militar conseguiu prender três suspeitos de integrar um grupo armado que vem ameaçando e atacando pequenos agricultores e suas propriedades no município de Cutias do Araguari, a 140 km de Macapá.
O Portal SelesNafes.com teve acesso a vídeos que trazem imagens do estrago deixado pelo grupo criminoso e relatos dos agricultores atacados.
O ataque mais recente foi registrado neste fim de semana, no Assentamento Vale da Benção, onde um agricultor relata que foi espancado com um facão enquanto o bando ateou fogo em seu barraco. Os bandidos também mataram dois cães a pauladas na localidade.
Outro vídeo traz o resultado de outra ação criminosa. Nela, outro agricultor também teve a casa e os pertences destruídos. Os criminosos também atearam fogo no casebre da vítima, que não estava no local no momento do ataque. Parte da roça dele também foi destruída.
Os vídeos chegaram até a Polícia Militar. Neste domingo (24), ao saber que os suspeitos estariam escondidos na comunidade de Corre Água, o Batalhão de Policiamento Rural (BPRU) organizou uma pequena operação.
Para capturar os criminosos, que estariam fortemente armados, o BPRU reuniu três equipes de Cutias, Santa Luzia e São Joaquim do Pacuí. Juntas, conseguiram localizar três infratores e apreender vários armamentos.
Nenhum nome foi divulgado pela polícia, mas com os suspeitos foram encontrados 2 revólveres calibre 38, com uma munição deflagrada e 19 intactas, um facão, 2 espingardas, sendo duas calibre 12 e outra calibre 28, uma arma de ar comprimido e 2 bastões tipo tonfa.
Eles foram levados para a capital amapaense e apresentados ao delegado plantonista do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) do Bairro Pacoval. Lá, um dos homens presos foi liberado. Os outros dois foram autuados por porte ilegal de arma de fogo e seguem à disposição da Justiça.
A Polícia Civil do Amapá agora vai assumir a investigação do caso, através da delegacia de Polícia do Interior, para saber a motivação dos ataques e se os homens presos têm relação com os atos de violência na região.
Segundo as vítimas, os crimes estão relacionados à ganância de latifundiários da região pelas terras onde os agricultores moram e produzem alimentos para vender em feiras da capital. Os ataques seriam promovidos pelos capatazes e outros homens contratados por esses grandes posseiros.