Por OLHO DE BOTO
O homem acusado de ser o mandante da execução do agente penitenciário Clodoaldo Brito Pantoja, morto aos 40 anos, com 20 tiros, em uma emboscada em Macapá, deixou o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Depois de quase 10 anos após o crime, o detento Wagner João Oliveira Melônio, que à época dos fatos cumpria condenação por tráfico de drogas, ganhou o direito de aguardar pelo julgamento em prisão domiciliar.
Isto porque o crime ocorreu em 2012 e até hoje nenhum deles foi julgado. Em 2017, Melônio chegou a ser condenado a 16 anos de prisão, mas logo em seguida o julgamento foi cancelado após recurso da defesa.
A decisão do regime aberto domiciliar é do juiz João Matos, da Vara de Execuções Penais de Macapá, expedida na quarta-feira (11). Ordem judicial foi cumprida às 17h.
O alvará de soltura determina que ele use uma tornozeleira eletrônica e impõem as restrições de translado e horários de praxe, como só deixar a cidade de Macapá com autorização judicial e não circular em locais públicos ou festa particulares, entre outras.
Além de Melônio, acusado de ser o mandante, Luís Carlos Silva Teixeira e Wesley Alves da Silva também são indiciados pelo crime. Eles teriam sido os autores dos 20 tiros que mataram Clodoaldo Pantoja, em uma emboscada no dia 11 de junho de 2012, na comunidade de Ilha Mirim, onde havia pegado um atalho para a zona norte, logo depois de largar o plantão no Iapen.
O crime teve grande repercussão no Estado. A investigação apontou que Clodoaldo foi assassinado porque era um funcionário exemplar, que cumpria com rigor as revistas no presídio. Isso atrapalhava as ações criminosas dentro da cadeia.