Por SELES NAFES
Policiais federais no Amapá cumpriram mandados de busca e apreensão na Assembleia Legislativa e em endereços ligados ao deputado estadual Zezinho Tupinambá (PSC), nesta sexta-feira (20). A investigação apura a existência de funcionários fantasmas no gabinete dele e o crime de compra de votos.
Os outros crimes investigados são de peculato, organização criminosa e corrupção eleitoral. Foram cumpridos três mandados de busca na “Operação Diviso”, expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP) em duas residências e no gabinete.
De acordo com as investigações, desde 2020 um assessor que não cumpre expediente repassa valores do gabinete a terceiros. A PF não divulgou o nome do deputado, mas a identificação foi apurada pelo Portal SN.
A PF afirma ter descoberto um esquema de recrutamento de eleitores e de compra de votos com participação de servidores do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Procurado, o advogado Eduardo Tavares, que cuida da defesa do parlamentar, informou que ainda não foi notificado e que está se atualizando sobre a situação.
O deputado estadual está no primeiro mandato e durante a operação estava em viagem ao interior do Estado. Ele foi eleito em 2018, quando também foi investigado pela PF por compra de votos na campanha. Zezinho chegou a ser cassado, mas conseguiu reverter a decisão na justiça.