Por ANDRÉ SILVA
Um empresário do município de Laranjal do Jari, região sul do Amapá, que passa por uma enchente desde o mês de março, gravou um vídeo em um momento de desespero pedindo ajuda para manter seu negócio.
Ele pede acesso a uma linha de crédito para arcar com as despesas. A reportagem tentou contato, mas não conseguiu.
Em meio à loja alagada, o microempresário falou de forma compassada sobre a situação que enfrentava.
Ele relatou que a sensação é a mesma que sentiu em 2000, quando quase perdeu tudo por conta do mesmo problema: a cheia do Rio Jari. Naquele ano, segundo a Defesa Civil do município, o rio subiu cerca de 4 metros. O maior nível registrado até hoje.
“Eu perdi tudo que tinha. Foi o começo de uma falência e isso ainda me traz um trauma muito grande. Hoje estamos com o nível de água de 3,20 metros e a tendência é subir mais e isso me preocupa muito, não só a mim, mas a todos os comerciantes do vale do Jari. Eu queria fazer um apelo ao PR ao presidente da CE, BB, que nos mande uma linha de crédito para que nós possamos nos reerguer por essa dificuldade”, disse o empresário. Veja todo o depoimento:
Linha de crédito
A Prefeitura de Laranjal do Jari informou que se reuniu com representantes da Agência de Fomento do Amapá (Afap), no início do mês e estabeleceu um plano de ajuda para os microempresários atingidos pela cheia do Rio.
Da reunião saiu um plano de ajuda que alcançaria desde o empreendedor informal até o formalizado, com linhas de crédito que variavam de R$ 8 mil a R$ 50 mil com parcelas de até 48 vezes, e seis meses de carência para começar a pagar.
A reportagem do portal SN entrou em contato com a Afap para saber quantos empresários conseguiram acessar a linha de crédito, porém o órgão não respondeu.
Nível do rio
A Defesa Civil registrou, por volta de 13h desta quinta-feira (26), 3,43 metros acima do nível normal. Possivelmente, segundo a DF, esse nível pode chegar a 3,50 metros nos próximos dias.