O comerciante Dawson da Rocha Ferreira, de 40 anos, acusado de matar duas pessoas em uma colisão de trânsito, em que dirigia embriagado e em alta velocidade uma BMW, será levado a júri popular. Assim, ele pode ser julgado por duplo homicídio doloso.
A decisão é da Câmara Única do Tribunal de Justiça do Amapá, que em sessão ordinária nesta terça-feira (3) julgou um recurso da defesa do acusado, que pedia que o crime fosse desclassificado de homicídio doloso para culposo (quando não há a intenção de matar).
Em seu voto, o relator rejeitou as teses apresentadas pela defesa e negou o provimento do apelo e, no mérito, negou-lhe provimento, no que foi acompanhado pela unanimidade pelo Pleno.
Segundo a denúncia ofertada pelo Ministério Público do Amapá, no dia 15 de janeiro de 2021, por volta das 23h, Da-Dawson, como ele gostava de ser chamado em suas redes sociais, conduzia um veículo BMW, a 184 km/h, sob o efeito de álcool e drogas, provocando a colisão com um Celta onde estavam os chefe de cozinha Mickel da Silva Pinheiro, de 42 anos, e sua colega de trabalho e ajudante, a cozinheira Rosineide Batista Aragão, de 48 anos.
Os trabalhadores morreram na hora com a violência do impacto. Os bombeiros tiveram que serrar as ferragens para retirar os corpos. Já Dawson sobreviveu devido à eficiência do sistema de segurança do seu carro de luxo. Segundo a investigação, antes da colisão, Dawson estava em uma festa consumindo bebida alcóolica.
Tudo aconteceu na Avenida Padre Júlio, entra as Ruas Paraná e Santa Catarina, no Bairro Nova Esperança, na zona oeste de Macapá.
Dawson chegou a passar alguns meses presos, mas atualmente, responde em liberdade, com medidas restritivas.