Por LEONARDO MELO
A Justiça decretou a prisão preventiva do pastor Cristiano Garcia, de 44 anos, natural de Santa Catarina, acusado de assédio a fieis da Igreja Família Transcultural. Durante as investigações, a polícia chegou a apreender na casa dele mídias que continham vídeos de sexo explícito envolvendo menores.
O caso ocorreu no município de Santana, cidade a 17 km de Macapá. As investigações começaram quando a polícia foi procurada por duas jovens fieis da igreja afirmando que tinham sido assediadas pelo líder da comunidade religiosa, que tinha a fama de manter relacionamentos com outros membros, fossem homens ou mulheres. As duas vítimas disseram que foram suspensas das atividades da igreja quando rejeitaram o pastor.
Uma das vítimas, um jovem, declarou em depoimento que após revelar ao pastor que era homossexual teria passado a receber mensagens de cunho sexual do acusado. Várias testemunhas fizeram declarações confirmando o comportamento do pastor, incluindo a ex-esposa dele.
Durante o inquérito, Cristiano Garcia foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Em depoimento na delegacia, ele negou o crime de assédio, mas admitiu que mantinha relacionamentos amorosos com fieis.
Ele foi liberado para responder ao inquérito em liberdade, mas acabou fugindo. Ao analisar o processo, o juiz Almiro Deniur, da 2ª Vara Criminal de Santana, entendeu que a instrução do processo ficou prejudicada sem a notificação do réu e decidiu pela prisão preventiva.
O pastor ainda não foi localizado. Apesar de ser procurado, a polícia não divulgou imagens dele.