Por SELES NAFES
O pré-candidato ao governo do Estado pelo Solidariedade, Clécio Luís, foi recebido por representantes da federação que reúne o PT, PCdo e PV, nesta sexta-feira (3). Ele pediu o apoio das legendas na corrida pelo governo do Estado.
O debate com os representantes dos três partidos teve portas abertas para a imprensa. A federação ficou de emitir uma nota com um posicionamento oficial ainda nesta sexta, mas as lideranças demonstraram inclinação para o apoio ao ex-prefeito da capital.
O encontro com as comissões executivas dos partidos que integram a federação ocorreu na sede do diretório estadual do PT, no Centro de Macapá. Entre os representantes partidários estavam o ex-deputado estadual Zezé Nunes (PV), a deputada federal Professora Marcivânia (PCdoB), o atual presidente do PT, Antonio Nogueira, e o ex-candidato a vice-governador (2018), Marcos Roberto.
Apesar das declarações de apoio a Davi Alcolumbre (UB) do PV, PCdoB e do próprio PT, Marcos Roberto lembrou do distanciamento ideológico que existe entre a esquerda e o Aliança Brasil. No entanto, as lideranças deixaram claro que gostaram do gesto e do discurso de Clécio, que vem tentando reunir o maior número possível de forças políticas.
O Solidariedade de Clécio, aliás, está na composição nacional com Lula, que tem como um dos coordenadores de campanha o senador Randolfe Rodrigues (Rede). O parlamentar também tenta captar o apoio da federação para a candidatura de Lucas Abraão ao governo.
Na reunião de hoje, lideranças sugeriram a possibilidade de a federação indicar o suplente ao Senado, e que a legenda tenha participação ativa num provável governo. Representantes do PCdoB e do PV também manifestaram otimismo com a autonomia para uma decisão local.
“Já fui do PT, mantenho diálogo contínuo com eles, e não acredito numa intervenção”, avaliou a deputada Marcivânia.
As comissões executivas dos partidos que integram a federação não possuem capacidade de deliberar, por isso, ficaram de divulgar uma nota com uma série de considerações.
“Uma reunião muito importante porque, além das tratativas individuais com o PT, PCdoB e PV e da minha ida para um partido da aliança nacional (Solidariedade), precisamos construir as estratégias aqui no Amapá, e a receptividade foi total dos três partidos”, avaliou Clécio.