Por SELES NAFES
A operação de rebaixamento da energia que chega ao Amapá pelo Linhão de Tucuruí mudou de mãos. Depois de comprar a Gemini Energy por R$ 822,5 milhões, a Energisa começou a operar.
O negócio foi fechado em fevereiro deste ano. A nova empresa concessionária do serviço é de Minas Gerais, e detinha 85% das ações da LMTE, multada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pelo apagão de novembro de 2020.
Na noite de 3 de novembro de 2020, uma explosão no parque de transmissão da empresa destruiu um transformador e afetou outro. O terceiro equipamento, que era o reserva, esperava por manutenção havia mais de um ano, segundo apontou uma investigação após o acidente que deixou o Amapá numa crise de 22 dias.
O blecaute total durou 4 dias consecutivos, um dos maiores blecautes da história do país a ocorrer em um estado. Três meses depois, a LMTE recebeu a maior multa já aplicada pela agência: R$ 3,6 milhões.
Em nota encaminhada ao Portal SelesNafes.Com nesta quarta-feira (15), o Grupo Energisa evitou dar detalhes sobre investimentos, mas informou que manterá a atividade de transmissão de energia no Amapá, Mato Grosso, Amazonas, Goiás, Tocantins e Pará.
“A aquisição da Gemini expande ainda mais a atuação da empresa na região Norte, onde também está presente nos negócios de distribuição. A empresa olha para o futuro com a ambição de atuar como um ecossistema de soluções em energia e liderar a transição energética no Brasil. A transmissão é cada vez mais central nessa estratégia, um segmento que precisa de investimentos para tornar a transição energética – e a diversificação da matriz com fontes renováveis – viável e segura”.