Por LEONARDO MELO
A Praça do Coco deveria ser uma das principais atrações do complexo Beira-Rio, na orla de Macapá. Tinha tudo para ser sinônimo de harmonia, tranquilidade e contemplação, mas se transformou num ambiente de disputa de sons entre os quiosques que comercializam bebida alcoólica, água de coco e abacaxi gelado. Muitas famílias acabam buscando outra opção para aproveitar a brisa do Rio Amazonas e conversar sem barulho.
Sem fiscalização da prefeitura de Macapá e qualquer regra, cada quiosque toca uma música diferente em volume máximo todos os dias, mas a situação consegue ser pior em domingos e feriados. Elen Carolina, de 22 anos, que estava acompanhada da mãe, avó e filha, disse que sempre frequenta a Beira-Rio, mas prefere ficar do outro lado da rua por causa do barulho.
“Cada quiosque tem um barulho diferente, então não tem como. Se fosse pelo menos um dia na semana, mas toda vez que você vem é esse barulho. Realmente não é saudável para os ouvidos”, reclamou.
Uma ambulante que vende batata e macaxeira frita, do outro lado da rua, disse que clientes compram com ela, mas preferem comer em outro lugar, tudo por causa do caos provocado pelo som alto.
“Espanta nossa freguesia né. A gente traz banquinho e tudo para os clientes, mas não adianta porque eles não ficam. Reclamam do barulho”, afirmou.
A Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público do Amapá, expediu na última sexta-feira (3), recomendação para que órgãos de segurança pública e de fiscalização de trânsito e ambiental, atuem fortemente no combate à poluição sonora e perturbação do sossego na capital.
O órgão agendou reunião com os setores para o próximo dia 10 para discutir o assunto.