PF faz nova ação para investigar fraude na cota parlamentar na ALAP

Agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão em residências e postos de gasolina em Macapá.
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O deputado estadual Jaime Perez foi o alvo de mais uma operação da Polícia Federal que investiga fraude em cota parlamentar na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP).

Na manhã desta sexta-feira (24), agentes federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão em diversas residências e postos de gasolina de Macapá e Santana, além do deputado na ALAP.

A ação policial foi chamada de Operação Petrov*, que apura crimes de peculato, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, os delitos seriam cometidos através de um esquema de fraude na emissão de notas fiscais para obtenção de valores a título de cota parlamentar de Jaime Perez.

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao deputado. Fotos: Asom/PF

De acordo com as investigações, pessoas ligadas ao gabinete do deputado se relacionavam com funcionários de postos de gasolina, que emitiam notas fiscais por serviços não prestados, ou prestados a menor valor, com o objetivo de se apropriar ou desviar valores da verba parlamentar recebidos a título de ressarcimento em favor do deputado.

Os intermediários do parlamentar estadual procuravam os funcionários dos postos de gasolina solicitando que emitissem notas fiscais falsas, com valores diversos entre R$ 150 a R$ 300 até a soma do montante que não ultrapassasse R$ 3,5 mil, para não levantar suspeitas e que pudesse solicitar ressarcimento desses valores junto à ALAP – mesmo sem ter feito os abastecimentos efetivamente.

Deputado foi alvo da Operação Petrov. Foto: Ascom/ALAP

“Assim como a Operação Gambetto, a ação de desta manhã é decorrente da Operação Em Passant, deflagrada em 21 de novembro de 2021, que apurou um esquema de desvio de dinheiro de cota parlamentar, que deveriam custear despesas do exercício do mandato de deputado estadual”, explicou a PF, em nota divulgada à imprensa.

A PF verificou, ainda, indícios de que os operadores do esquema, em outras oportunidades, ajustavam um percentual de 20% a 25%, em sobrepreço, ao valor real do serviço prestado, indicado na nota fiscal.

Seles Nafes
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