Por RODRIGO ÍNDIO
Em greve há oito dias por salários atrasados e outros direitos, trabalhadores que prestam serviços para a Capital Morena e a Amazontur, ambas do mesmo grupo empresarial, reuniram-se em assembleia, nesta quarta-feira (22), e apresentaram uma proposta aos representantes das empresas pelo fim da paralisação.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Amapá (Sincotrap), Cristiano de Souza, a proposta aprovada pelos trabalhadores inclui algumas medidas essenciais.
Dentre elas, está o abono das faltas; a estabilidade no emprego por 1 ano; o pagamento em até 8 dias da cesta básica e regularização das atrasadas; e, o pagamento do salário até o quinto dia útil de cada mês.
A categoria informou que sentou três vezes em busca de acordo na última semana, onde só houve a promessa de um pagamento posterior dos atrasados. Mas, os trabalhadores não aceitaram, pois, segundo o sindicato, a mesma promessa vem desde janeiro.
A categoria busca firmar em documento o que foi discutido hoje em assembleia com assinatura do Sindicato dos Rodoviários e o grupo empresarial para que todos voltem ao trabalho. O salário de um mês começou a ser pago na segunda, mas sem benefícios.
“Infelizmente, caso não sentem com a gente, vamos permanecer parados. Já que estamos querendo acordo e eles não querem sentar pra conversar. A categoria se propõe a voltar, mas desde que sente numa mesa assine uma ata com nossas reivindicações e acertar as pendências. A categoria está aberta, com vontade de voltar a trabalhar”, pontuou Cristiano.
No total, 120 trabalhadores estão paralisados, o que atinge diretamente várias linhas de ônibus que atendem as zonas norte, sul e central da capital.
Sobre o sindicato patronal, o Setap, anunciar uma possível paralisação pedindo reajuste na tarifa, o Sincotrap se posicionou.
“O trabalhador não pode pagar por essa questão, primeiro que o trabalhador não vive do lucro, vive do salário. Os caras [empresas] mesmo pouco, estão lucrando”, falou o presidente do Sincotrap.
A categoria aguarda agora o retorno da patronal para a abertura das negociações e fim da greve.