Por OLHO DE BOTO
Um criminoso investigado pela Polícia Civil por roubos e homicídio morreu ao confrontar militares do Bope nesta sexta-feira (25), no fim da tarde, no conjunto habitacional Macapaba, na zona norte de Macapá.
Apontado como uma das lideranças de uma facção criminosa denominada Terceiro Comando do Amapá (TCA), Elivelton Rocha Conceição, o Pretinho, de 25 anos, já havia cumprido pena no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) por roubo e tráfico de drogas. Além disso, era acusado de uma tentativa de latrocínio contra um oficial da PM, ocorrida no dia 9 de junho, no Bairro Brasil Novo.
De acordo com o capitão Hércules Lucena, da Rotam, Companhia do Bope, por volta de 18h, o delegado Vladson Nascimento, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), solicitou apoio para localizar e prender dois suspeitos de um roubo a uma residência, ocorrido na última terça feira (19), ocasião que os assaltantes amarraram as vítimas e levaram celulares, joias em ouro e R$ 2 mil em espécies.
Os policiais civis da DECCP rastrearam um dos aparelhos roubados e a localização apontava uma área do Macapaba 2. Os investigadores já sabiam as identidades dos suspeitos, reconhecidos pelas vítimas por fotos: Gato Preto e Pretinho.
Eles são bastantes conhecidos das Polícias Civil e Militar por usarem as redes sociais com falsos anúncios de compra e venda para atraírem vítimas e as assaltarem.
Seguindo o sinal do celular roubado, próximo ao Ciosp do Macapaba II, a equipe da Rotam avistou três suspeitos. Logo os militares reconheceram Gato Preto e Pretinho. O terceiro suspeito, não identificado, usava uma tornozeleira eletrônica.
Na tentativa de abordagem, os policiais ordenaram que colocassem as mãos na cabeça. Mas, os criminosos sacaram armas e começaram a disparar.
Os militares reagiram acertaram Pretinho. Mesmo ferido, ele ainda correu para outro bloco com a arma em punho, foi quando se deparou com outra equipe da Rotam. Ainda assim, não se rendeu e começou a atirar novamente. Na troca de tiros, foi atingido de novo.
Ele ainda chegou a ser levado por uma equipe do Samu até o Hospital de Emergências, mas morreu logo depois de chegar.
Enquanto esperavam a chegada do socorro médico, as equipes foram atacadas por familiares e amigos do bandido baleado, que arremessaram pedras e pedaços de paus nos policiais. Os militares reagiram com uso de instrumentos não letais para conter as agressões.
A polícia analisa um vídeo que circulou nas redes sociais no qual mostra esses parentes e amigos atirando pedras e paus contra os policiais. No vídeo, uma mulher menciona o nome do criminoso. É possível ouvir um dos rojões disparados pelos militares para dispersar os agressores.
Segundo a polícia, Pretinho teria participação direta na execução de um rival chamado Wesley Vinícius, morto no ano de 2021 no Macapaba, crime com investigação em curso pela Polícia Civil.
O capitão Hércules ressaltou que Pretinho era um criminoso extremamente violento.
“Analisando a extensa ficha criminal dele, temos roubo, homicídios, tráfico de drogas, furtos, lesão corporal, tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo. Veja a violência do criminoso: teve a coragem de roubar um policial militar para levar a arma dele, eetuou um disparo na cabeça de um tenente da reserva, é um crime de ataque às forças de segurança pública. Da mesma forma que ele foi violento conosco, era violento com as vítimas”, avaliou o capitão.
Segundo ele, Pretinho usava o dinheiro dos crimes para arregimentar parte da população carente do Macapaba, comprando e distribuindo cestas básicas para as famílias em situação de vulnerabilidade social – daí o motivo de terem o defendido após o confronto.
“As pessoas precisam ter em mente que essas cestas que ele distribuía em troca de acobertamento de seus crimes são banhadas com sangue das vítimas que ele assaltou, que ele violentou. Os criminosos que atiraram pedras e paus nos policiais já foram identificados e serão presos. Quem tentar contra nossos policiais vai voltar no saco preto”, afirmou o oficial
Os outros dois comparsas que conseguiram fugir não foram localizados. A polícia agora procura Breno de Jesus de Moraes, o Gato Preto, e o terceiro suspeito.