Por OLHO DE BOTO
Um detento que respondia a 13 processos criminais morreu ao confrontar policiais civis da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP) e da Coordenadora de Recursos Especiais (CORE).
O confronto aconteceu neste sábado (9), na entrada da Baixada da Xexênia, no Bairro Pacoval, na zona leste de Macapá.
Dono de uma vasta ficha criminal, Paulo Roberto de Oliveira, de 27 anos, já tinha condenação pela prática de roubos, mas já estava no regime aberto domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica.
Na ação que terminou em troca de tiros, uma mulher apontada como comparsa do detento foi presa por descumprimento de ordem judicial.
Os investigadores descobriram, posteriormente, que se tratava de Valéria Moreira Gomes, de 25 anos, que se autodenomina “Imperatriz”, detenta que também cumpria pena no regime aberto domiciliar, com monitoramento eletrônico. Além disso, ela possui 12 processos criminais, inclusive por tráfico de drogas.
O delegado Vladson Nascimento contou que Paulo Roberto vinha se utilizando de perfis falsos em grupos de compra e vendas para aplicar golpes.
Assim, as vítimas eram atraídas ao local indicado por ele e acabavam caindo em emboscadas de assalto. Era quando o falso vendedor tomava pertences e dinheiro delas.
A dupla seguia de bicicleta pela travessa Manoel Pacífico quando foi interceptada pela polícia. Imperatriz estava na garupa e não resistiu à abordagem.
Já Paulo Roberto foi baleado após correr e disparar contra os agentes. Ele morreu antes da chegada do Samu.
“Durante a semana toda, nós recebemos várias denúncias de que nessa região aqui, indivíduos assaltavam pessoas que chegavam para fazer negócios em aplicativos de compra e venda. Então, hoje nós montamos uma campana para averiguar. Foi quando apareceu esse casal suspeito em uma bicicleta e nós decidimos abordar. O homem imediatamente sacou uma arma da cintura e confronto ocorreu”, explicou o delegado.
Segundo o delegado, o local do confronto era um dos lugares que Paulo Roberto marcava os encontros com as vítimas pela internet. Ele contou que quando não tinham dinheiro, as vítimas eram obrigadas a fazer transferências via PIX.
Ele explicou que Paulo Roberto e Imperatriz são apenas dois integrantes de um grupo especializado em atrair vítimas para essas ciladas. A polícia informou que possui vários vídeos da mulher participando de roubos e que ela foi solta há cerca de um mês depois de conseguir convencer a Justiça de que precisa cuidar do seu filho pequeno.