Por RODRIGO ÍNDIO
Ribeirinha da comunidade rural Rio Maruim, a duas horas de barco do município paraense de Afuá, a ex-pescadora Maria Ivanete da Silva Costa, de 48 anos, tem sofrido com as dores do câncer.
Em 2020, começou a ter hemorragia. Com o passar do tempo, o problema se agravou. Assim, veio em busca de atendimento médico no Amapá. Inicialmente, os médicos chegaram a suspeitar de cisto, mas a ribeirinha foi diagnosticada, há cerca de três meses, com câncer no colo do útero.
Além das dores, insuportáveis, ela está com barriga inchada e debilitada, isso porque também começou a sofrer com problemas renais. Passou a fazer hemodiálise todo dia. Atualmente, faz o tratamento três vezes na semana. Por isso, mesmo sendo mãe de 9 filhos e avó de 10 netos, a ribeirinha mudou-se para Macapá, onde atualmente mora com uma filha, o genro e um neto de 1 ano de idade.
O imóvel, de apenas um cômodo e sem banheiro, não tem nada na dispensa, apenas água e sobras de alimentos na geladeira.
O pequeno casebre é mantido com os bicos que seu genro faz na rampa do açaí. Maria recebe o Auxílio Brasil, R$ 400, que servem apenas para ela custear a ida e a volta da nefrologia.
Mesmo com as tribulações, a ribeirinha não perde a fé em Deus em vencer a doença.
“Quando saiu o diagnóstico, logo pensei: ‘vou morrer’. Mas, não quero morrer, e imploro até hoje a Deus pra mim viver. Não perco a fé”, lembra, chorando Maria.
Além do câncer, Maria tem que lidar com a falta de alimentos (massa de mingau, frutas, frango, peixe, etc), de medicamentos e produtos de higiene (absorvente pós-parto, papel higiênico e lenço umedecido).
“Peço que quem está lendo esta reportagem, que me ajude. Não aguento mais. Queria ter minha vida normal de volta. E só com a ajuda de Deus e de vocês posso sair dessa. Vocês serão recompensados em dobro”, pediu, em prantos.
A ex-pescadora tem consulta e exames previstos para serem feitos neste mês de agosto em Belém (PA), viagem que só foi conseguida depois da família procurar a Justiça, que obrigou o Estado a comprar as passagens e providenciar atendimento especializado pelo Programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
Porém, ela pode perder a vaga se não tiver como se manter na capital paraense. Por isto, também busca recursos.
“Os outros irmãos moram no interior. Eu, vendo o sofrimento da minha mãe, decidi pedir ajuda. É doloroso ver ela nessas condições. Tento, de toda forma, ajudar ela, mas dói não ter como. Então, peço que me ajudem, pelo amor de Deus, a ajudar ela a ficar boa”, pediu a filha Silvana Costa, de 21 anos.
Quem tiver interesse em ajudar dona Maria, basta entrar em contato coma família através do número (96) 99119-5651 (WhatsApp), que também é a Chave Pix em nome de Josivan Rodrigues Santos – conta do Nubank.
Quem preferir, pode ir a casa da família, na Rua Humberto de Góes Pereira com Avenida 11, n° 1093, Bairro Araxá, zona sul da capital.