Por OLHO DE BOTO
Os dois homens acusados de matar e esquartejar a idosa Vanilce Ester da Silva Coutinho, de 63 anos, foram julgados e condenados durante sessão no Tribunal do Juri, em Macapá. No fim, prevaleceu a tese de homicídio triplamente qualificado do promotor Eli Pinheiro.
Depois de mais de 14 horas de julgamento, a juíza Livia Simone Oliveira de Freitas Cardoso, sentenciou Yuri Rodrigues Farias, o Velho Branco, a 20 anos de prisão, e Maicon Santos Oliveira, o Cara de Porco, a 12 anos e 6 meses de cadeia.
O crime brutal ocorreu há dois anos no Conjunto Macapaba, na zona norte da capital do Amapá.
Na decisão, a juíza relatou que, no caso de Yuri, de 25 anos, o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Já no caso de Maicon, hoje com 20 anos de idade, foi aplicada a pena base de 12 anos e 6 meses de reclusão, pois à época dos fatos ele era menor de idade, por isso, a pena foi atenuada.
Além da pena restritiva de liberdade, cada um dos acusados ainda foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 13,5 mil. Os valores serão destinados à filha da idosa morta, a título de danos morais e materiais.
O crime
O crime ocorreu no dia 25 de maio de 2020, no Conjunto Macapaba, onde morava a vítima em um dos apartamentos, e foi investigado pela Delegacia das Mulheres. O primeiro a ser preso foi Yuri, que entregou Maicon.
Segundo as investigações, ambos confirmaram à Polícia Civil a versão um do outro, de que a motivação do crime se deu por vingança, já que Vanilce teria sido a autora do assassinato e esquartejamento da própria neta, a adolescente Maria Raimunda Coutinho Pereira, de 12 anos, ocorrido em abril do mesmo ano.
Segundo a denúncia do Ministério Público, eles teriam usado uma faca e um terçado para matar a idosa. Os causados, segundo o MP, perguntavam à vítima quem havia matado a neta dela, enquanto a golpeavam.
Após o homicídio, iniciaram o esquartejamento do corpo. Separam cabeça, tronco, braços e pernas. Colocaram as partes do corpo em uma sacola plástica e em uma mala. Em seguida, fugiram da cena do crime, deixando o apartamento trancado.
Yuri e Maicon ficarão presos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá.