Por RODRIGO ÍNDIO
Vestidos de blusas com foto da vítima, apitos, faixas e balões brancos, amigos e familiares do médico Jailson de Amorim Mariano, de 31 anos, morto a pauladas quando retornava de um passeio familiar, fizeram um protesto em frente ao Ministério Público do Amapá, no Araxá, zona sul de Macapá, nesta segunda-feira (15).
Jailson foi agredido durante uma briga generalizada, no dia 24 de julho, na comunidade de Lontra da Pedreira, zona rural da capital. Ele morreu seis dias depois, no Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (HCAL).
A Polícia Civil pediu, ainda no dia 29 do mês passado, a prisão de Hernandes Pereira dos Santos, principal suspeito do crime, mas até o momento o mandado de prisão ainda não foi expedido.
Cunhado da vítima, Silvio William explicou que o ato tem o intuito de cobrar celeridade no caso junto ao MP.
“Queremos resposta da promotoria para andamento no inquérito policial. A Polícia Civil fez sua parte e enviou o caso pra cá. Está mais de 15 dias e nada. Necessitamos de justiça e que esse mostro seja preso. Nós não tivemos Dia dos Pais, principalmente a filha dele, minha sobrinha, foi horrível, ficamos trancados e o assassino solto”, disse.
Já Delmacy Reis, também familiar, relata que o sentimento de impunidade é o que mais dói.
“O monstro ‘tá’ solto e rindo de nossas caras. Nossa família sofre. Minha sobrinha perdeu o esposo e sua filha ficou órfã. Além de tirar a vida do doutor Mariano, ele [o acusado] destruiu a vida delas. Só queremos uma resposta e que o assassino pague pelo o que fez. Por favor, eu imploro ao Ministério Público”, cobrou.
Uma comissão dos manifestantes foi convidada para um diálogo com o MP.
O médico Jailson Mariano atendia nas UBSs Marcelo Cândia, Marabaixo, perpétuo Socorro, UPA do Novo Horizonte, HCAL e no Centro Covid (Covidinho) da zona sul. Ele era muito querido por colegas de trabalho e pacientes.