Fisiculturista tenta obter registro profissional com documento falso e é descoberto

De acordo com a Polícia Civil do Amapá, o investigado usou o login e senha de um amigo para obter um documento da faculdade e falsificar a data de assinatura.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Com documentação falsa, um fisiculturista de 30 anos tentou obter o registro profissional no Conselho Regional de Educação Física da 18ª região (CREF-PA/AP) e enganar um delegado sobre ter estudado numa faculdade para comprovar o bacharelado – inexistente.

Sem êxito nas tentativas, ele acabou indiciado pela Polícia Civil do Amapá por falsificação de documento particular e pelo uso de documento público falso. O investigado não teve a identidade divulgada pelas autoridades.

O caso

De acordo com delegado Eduardo Quadrotti, o caso chegou à 6ª Delegacia de Polícia através de representantes do CREF-PA/AP, que desconfiaram da documentação do suposto educador físico e decidiram denunciar.

“Para verificar, eles mandaram para o Pará, que é a 18ª região, e então ficou constatado que essa pessoa não tinha sido aluno da faculdade. O rapaz queria tirar o CREF sem a documentação necessária e estava fraudando”, resumiu Quadrotti.

Ainda segundo o delegado, inicialmente, o fisiculturista iria responder apenas pelo uso de documentação falsa. Mas quando o investigado foi chamado na delegacia para depor, cometeu mais um crime: insistiu em comprovar que era formado. Quadrotti explicou como se deu a fraude.

Delegado Eduardo Quadrotti: “Ele [o fisiculturista] forjou o documento do amigo com o nome dele e apresentou na delegacia. Está sendo indiciado”

“Dei um prazo informal pra ele, porque ele justificou pra mim: ‘eu me formei nessa faculdade, eu garanto pro senhor delegado’. Quando ele retornou, na segunda-feira [22], ele me apresentou uma documentação falando que ele tinha sido formado na faculdade. Só que todas as faculdades, atualmente, têm uma verificação digital, que me apontou que a assinatura é do dia 19 e ele falsificou o documento para o dia 22. A faculdade disponibiliza a documentação. E a documentação original, assinada no dia 19 é de um terceiro, que não tem nada a ver”.

O homem do documento original foi chamado na delegacia. Ele informou que cursou história na antiga faculdade Fama, hoje, Anhanguera. Ele contou, ainda, que o fisiculturista era seu conhecido e pediu o login e a senha da faculdade para emitir um documento.

“É um amigo dele que foi usado. Ele [o fisiculturista] forjou o documento do amigo com o nome dele e apresentou na delegacia. Está sendo indiciado”, finalizou o delegado.

O caso foi remetido ao Ministério Público. O fisiculturista não tem passagem pela polícia. Também não ficou comprovado durante as investigações, o exercício ilegal da profissão.

Seles Nafes
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