Por RODRIGO ÍNDIO
Casado, pai de 2 filhos e taxista há quase duas décadas, Cícero José, de 58 anos, é um dos milhares de trabalhadores que vinham sofrendo com o alto preço da gasolina. Nesta segunda-feira (1°), ele foi abastecer e teve uma surpresa agradável no bolso. A gasolina voltou ao mesmo patamar do início do ano, abaixo dos R$ 5. No posto onde o taxista estava, o litro estava sendo vendido a R$ 4,93.
“Acredito que nós somos uma das categorias que mais percebe essas variações, porque o preço da gasolina influencia diretamente o nosso lucro. Passei 2 anos aperreado por essa alta, agora tenho fé de melhora no faturamento”, falou.
Já seu Pedro Barros, de 67 anos, conta que gastava cerca de R$ 700 da aposentadoria por mês para abastecer.
“Até que enfim ficou mais barato. Estava um absurdo. Ainda não tá mil maravilhas, mas melhor isso do que nada. Então comemoro sim, pois pra gente que é idoso melhora na questão da locomoção pra lugar distante. Com R$ 20 rendeu 4 litros e pouco. Há um tempo não dava nem 3 litros direito. Espero que caia mais”, esperançou-se o aposentado.
A redução dos combustíveis é efeito da limitação do ICMS adotada pelos estados depois que foi sancionado o projeto federal que cria um teto para a tributação sobre diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Além disso, na semana passada, a Petrobras realizou a primeira redução do ano nas refinarias. E na sexta-feira (29), a estatal reduziu novamente o valor do litro do combustível. A queda foi de 3,88%.
Pelo visto, Macapá vai continuar com a fama de ter a gasolina mais ‘barata’ do Brasil.