Juiz acusado por Furlan quebra o silêncio: ‘não mediu as consequências’

Orlando Vasconcelos se pronunciou durante sessão do TRE que determinou que a PF investigue denúncias de Dr Furlan
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Por SELES NAFES

Pela 1ª vez, o juiz eleitoral Orlando Vasconcelos, acusado pelo prefeito de Macapá, Dr Furlan (Cidadania), de pedir propina, se pronunciou publicamente a respeito das denúncias do gestor.

Foi durante o voto do magistrado à proposta do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AP), desembargador Gilberto Pinheiro, de determinar que a Polícia Federal abra inquérito para investigar as afirmações do prefeito. A proposta foi aprovada por unanimidade, inclusive com o voto do juiz Orlando Vasconcelos.

No dia 29 de julho, quando ocorreu a operação da PF, apenas a cúpula do Tribunal Regional Eleitoral se pronunciou sobre as afirmações de Dr Furlan. O prefeito acusou o magistrado de enviar um emissário até a sua residência com um pedido de propina para que ele não expedisse os mandados de busca e apreensão da Operação E-Hailing, que investiga um esquema de compra de votos na campanha de Furlan, em 2020.

Ao se pronunciar durante a votação da proposta de encaminhamento do caso à PF, o juiz Orlando Vasconcelos agradeceu a solidariedade do tribunal, e fez críticas ao prefeito.

“Não soube medir as consequências por ter sido afetado por uma decisão judicial”, avaliou.

“Obviamente que procedimento judicial é debatido, discutido e é recorrido dentro dos autos, jamais se pode externar uma indignação com ataques a uma instituição que mantém sua integridade ao longo de sua história”, acrescentou.

Orlando Vasconcelos finalizou afirmando que se encontra “inteiramente à disposição desta corte, e para continuar exercendo meu papel com zelo”.

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