Por ANDRÉ SILVA
Alvo da Prefeitura de Macapá para ser substituída, a maior empresa de ônibus de Macapá, a Sião Tur, mergulha cada vez mais fundo numa crise financeira e de prestação do serviço aos usuários do transporte coletivo da capital amapaense.
Após enfrentar sequenciais paralisações de seus funcionários por conta de salários e outros direitos trabalhistas atrasados, a companhia deu mais um sinal em direção aos boatos de falência: colocou à venda um de seus maiores patrimônios materiais: a garagem que abriga a frota.
O imóvel, localizado no município de Santana, a 17 km de Macapá, sendo leiloado a partir do lance mínimo de R$ 1,5 milhão. O leilão está ocorrendo desde segunda (8) e vai fechar na quinta-feira (11).
A Sião Tur é considerada a maior empresa do transporte público do estado. Detentora das principais linhas urbanas e intermunicipais, e de propriedade do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte do Amapá (Setap), Decio Melo, ela entrou na mira da Prefeitura de Macapá para ser trocada por outra companhia após a redução da quantidade de coletivos, que desde a segunda-feira deixa os usuários aguardando por horas nos pontos de parada da capital.
Nesta terça-feira (9), completou seis dias desde a publicação do decreto que determinou situação de emergência no transporte público de Macapá e intervenção da prefeitura.
VEJA AQUI O DECRETO DE INTERVENÇÃO
Na tarde ontem, o diretor presidente da Companhia de Transito de Macapá (CTMac), Andrei Rêgo, afirmou que as empresas deram sequência na redução da frota.
Ele disse também que há anos o Setap vem gerenciando o sistema financeiro do transporte público da capital e sugeriu que os dados repassados pelo sindicato, em forma de prestação de contas, poderiam estar camuflados.
Rêgo reforçou a importância da abertura da “caixa preta” para a prefeitura pleitear subsídios financeiros federais para a tarifa, para subsidiar passagens para idoso, por exemplo.