Por RODRIGO ÍNDIO
Mais de 30 mototaxistas que atuam na capital do Amapá realizaram um protesto, no fim da manhã desta terça-feira (16), reivindicando um diálogo com o prefeito Dr Furlan (Cidadania). Entre outras coisas, eles querem maior rigor na fiscalização de trabalhadores clandestinos no município.
O protesto aconteceu em frente ao novo prédio administrativo da Prefeitura de Macapá, localizado na Rua Jovino Dinoá com a Avenida Presidente Vargas, no Bairro Central. O trânsito no local foi fechado. O prédio oficial da PMM, na Avenida FAB, passa por reforma.
Segundo o presidente do Sindicato dos Mototaxistas do Amapá, Marcos Antônio Mendes, os trabalhadores tentam desde o início do mandato de Furlan ter uma reunião para explanar as dificuldades e encontrar soluções para os problemas, mas afirmam que nunca tiveram retorno.
“Representamos 2005 mototaxistas. A gente vem tentando um diálogo com ele [prefeito] faz tempo, protocolamos documentos na CTMac e no gabinete do Furlan, mas ele não recebe nossa categoria. Reivindicamos a isenção da licença de tráfego e gerenciamento dos anos 2020/2021, a prefeitura deu a isenção para empresários na pandemia e lutamos por essa isenção, e ele se nega a dar pra nós”, comentou Marcos.
A categoria diz ter uma lista com mais de 10 reivindicações. Além das já citadas, tem também o pedido de permissão única para que o trabalhador auxiliar rode em mais de um veículo licenciado, a entrega de coletes refletivos e capacetes – que de acordo com a categoria – já tem emenda R$ 800 mil disponível articulada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede) em conta. O município estaria retardando a entrega. Eles pedem ainda a redução dos valores cobrados em taxa para rodar.
“Um mototaxista paga hoje em média R$ 105 e um táxi paga R$ 55. Queremos isso também, mas o prefeito se nega”, acrescentou Marcos Antônio Mendes.
José Vieira, conhecido como português, de 84 anos, é um dos fundadores da categoria dos mototáxis em Macapá.
“As coisas têm piorado. Não precisava a CTMac ter dor de cabeça conosco, só precisava retirar os clandestinos. Sou a favor que o cidadão ganhe seu dinheiro, mas de forma legal e segura, não com irregularidades. Então a prefeitura precisa dar um retorno, pois pagamos todas as licenças e impostos para fazer este serviço”, falou.
Andrey Rêgo, diretor-presidente da Companhia de Trânsito e Transporte de Macapá, esteve no ato e respondeu aos questionamentos dos manifestantes. Ele prometeu melhorias na fiscalização aos clandestinos e informou que nesta quarta-feira (17) a diretoria do sindicado será recebida pelo prefeito. Caso as demandas não sejam atendidas, os mototaxistas prometem novos atos.
Por volta de 11h30,os mototaxistas liberaram o trafego da Rua Jovino Dinoá.