Por OLHO DE BOTO
Considerado o alvo número 1 da Operação Armageddon, Dennis Adann Brito dos Santos, de 26 anos, morreu ao resistir à prisão e trocar tiros com policiais militares, na manhã desta terça-feira (20).
Segundo as autoridades, ele era um dos líderes da maior facção criminosa que atua no Amapá, responsável por dezenas de crimes violentos em Macapá.
O confronto ocorreu quando militares do 6º Batalhão da PM chegaram em uma casa localizada atrás da Escola Risalva Freitas, Rua Beira Mar, no Bairro Pantanal, por volta de 6h, para cumprir um dos 21 mandados de prisão da operação.
Houve troca de tiros e Dennis foi atingido dentro da casa. O socorro médico foi acionado, mas o Samu apenas confirmou o óbito.
A arma usada pelo criminoso, uma pistola calibre 358, foi entregue à Polícia Civil no Ciosp do Pacoval.
Dennis era o principal alvo de uma grande operação da Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá (FTSP), que colocou 450 policiais para cumprir 50 mandados de busca e apreensão e 21 de prisão preventiva na capital.
De acordo com as autoridades, a Operação Armageddon é resultado da investigação que apurou o latrocínio do advogado Nícollas Almeida, de 27 anos de idade, que foi morto durante assalto na madrugada de 21 de maio deste ano, no Bairro Centro de Macapá, quando chegava em casa com a noiva.
Depois desse crime, foram identificados os integrantes do grupo criminoso denominado Bonde do Pé na Porta e, também, outros integrantes da maior facção criminosa que atua no Estado, responsável por roubos, homicídios, latrocínios, tráfico de drogas, de armas de fogo, dentre outros.
A maioria dos membros desse grupo criminoso já havia sido presa logo após o latrocínio do advogado, contudo, as investigações miraram nos demais integrantes, que causavam terror nos moradores, principalmente, dos bairros Cidade Nova, Perpétuo Socorro, Pacoval e Central.
A investigação constatou que os criminosos atuavam em diversas frentes, mantendo moradores na lei do silêncio nas comunidades com ameaças, além de monitoramento de viaturas policiais.
A Força Tarefa verificou que os integrantes organizavam os crimes por meio de grupos de rede social, onde havia aproximadamente 200 membros e mais de 9 mil mensagens trocadas.
Eles possuíam uma espécie de tribunal do crime, aplicando punições aos membros da própria facção que não seguiam as ordens das lideranças presas no Iapen.