Por LEONARDO MELO
O delegado Sidney Leite, da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes de Macapá (DTE), será transferido para uma cela no Centro de Custódia do Novo Horizonte, na zona norte de Macapá. A ordem foi da juíza Thina Sousa, magistrada de plantão que conduziu a audiência de custódia do policial e de outra acusada.
Ao decidir sobre o caso, a juíza manteve a prisão preventiva, e citou o assassinato de Rafael Mendonça Góes, detento que era um dos investigados na Operação Queda da Bastilha, deflagrada hoje (14) pelo Ministério Público e Polícia Federal para investigar a atuação de uma organização que opera dentro e fora do Iapen. Para a juíza, a notícia da morte, horas depois da operação, demonstra que outros investigados também correm perigo de morte.
No entanto, ela não acatou o pedido da Associação de Delegados de Polícia e da Delegacia Geral de Polícia para que Leite seja transferido da superintendência da PF para a sede do Core, uma coordenadoria especial da Polícia Civil que funciona na Rodovia Duca Serra, na zona oeste de Macapá. A prisão preventiva do delegado foi decretada com base em mensagens trocadas entre ele e um traficante conhecido como Tio Chico.
Sidney Leite estava afastado das funções para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa. A Adepol e a Delegacia Geral de Polícia criticaram a prisão por considerar que ele não oferece risco às investigações.
Na mesma audiência de custódia, a juíza permitiu que Ana Karina Matos seja monitorada por tornozeleira eletrônica. Ainda não ficou claro qual seria a participação dela no grupo.
Os outros investigados são todos detentos, e tiveram os mandados de prisão cumpridos em suas celas no Iapen. Rafael Mendonça era um deles.