Dorinaldo Malafaia tem marcado na memória o dia 26 de fevereiro de 2020. Foi a data das primeiras confirmações oficiais dos casos de Covid-19 no Brasil.
Na época, como superintendente de Vigilância em Saúde do Amapá, reuniu-se com o governador Waldez Góes (PDT) e outras equipes de saúde, e traçaram um planejamento para preparar o estado para a inevitável chegada da doença e conter seu avanço. Todos foram incansáveis nas estratégias de enfrentamento.
Inimigo desconhecido
Dorinaldo coordenou o Centro de Operações Estratégicas em Saúde Pública (Coesp) – dispositivo criado pelo Governo do Amapá para gerenciar a crise de Covid-19. Graças às suas articulações, conquistou o apoio irrestrito da OPAS, a Organização Pan-Americana de Saúde.
O combate sempre foi baseado na ciência, contrário ao governo federal, que na época postergou providências essenciais, como disponibilizar testes à população, criar barreiras sanitárias e equipar os hospitais para os atendimentos aos doentes.
O cara da Vacina
Em 2021, Dorinaldo lutou para garantir que o Ministério da Saúde destinasse as remessas das doses de vacina de forma igualitária.
A Região Norte sempre recebia os menores percentuais do imunizante. Após esta etapa, o desafio foi montar uma logística eficiente para que a vacina chegasse simultaneamente nas regiões de difícil acesso como aldeias indígenas, regiões ribeirinhas e assentamentos.
Por estar todos os dias nos meios de comunicação levando informações sobre o enfrentamento à pandemia, ganhou o apelido carinhoso da população de o “Cara da Vacina”. O trabalho árduo resultou na menor taxa de mortes por covid do país.
Origens
Dorinaldo Malafaia é filho do sambista e mecânico da zona sul de Macapá, Dorival Malafaia, e da cabeleireira Maria Dalva Malafaia.
Na infância, morou em Laranjal do Jari, no sul do estado. A adolescência foi em Macapá, no Bairro Buritizal. Fazia parte do movimento de jovens da Igreja Católica. Morou na casa do estudante, em Belém, onde sentiu na pele as dificuldades dos jovens mais pobres para o ingresso à universidade.
Movimento Estudantil
Dorinaldo retornou ao Estado, cursou Enfermagem, na Universidade Federa do Amapá (Unifap). A liderança o tornou coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes (DCE), criando o Centro Acadêmico de Enfermagem e lutando por melhorias dentro do curso.
Sindicato
Dorinaldo foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado (Sindesaúde), a segunda maior categoria do funcionalismo público no Amapá. Numa grande mobilização, conseguiu a nomeação de 913 agentes de endemias no quadro do município de Macapá.
Gestor
Assumiu a convite do então prefeito de Macapá, Clécio Luís, a Secretaria Municipal de Saúde. Levou atendimento médico para comunidades distantes com a UBS Fluvial.
Estruturou o programa Mais Médicos da capital, dobrando a capacidade de atendimento nas áreas rurais de Macapá e reduziu os índices de mortalidade infantil. Estruturou as Unidades Básicas de Saúde.
Em 2017, o desafio veio do governador Waldez Góes, que lhe confiou a Superintendência de Vigilância em Saúde do Estado. No cargo, integrou os municípios às políticas de prevenção a doenças endêmicas, reduzindo em até 80% casos de malária e dengue.
Vacina em Casa
Dorinaldo Malafaia criou o programa Vacina em Casa, para chegar à população que, por algum motivo, não tinha acesso aos pontos de vacinação. Com a estratégia, 70 mil amapaenses foram imunizados contra a covid, sarampo influenza e poliomielite.
Candidato a deputado federal
Dorinaldo aceitou o convite de seu partido, o PDT, para concorrer a uma vaga a deputado federal. Ele defende bandeiras ligadas à saúde do Amapá, como:
– Valorização dos profissionais da saúde, como o piso da enfermagem;
– Estruturação dos hospitais para acesso ao diagnóstico de doenças graves como o câncer;
– Articular recursos federais para ampliar o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), para pacientes e acompanhantes;
– Manter o programa Vacina em Casa para melhorar os índices vacinais reduzidos;
– Conseguir recursos para melhorar a vida das pessoas afetadas pela pandemia no Amapá, criação de novos programas de geração de emprego, renda e qualificação profissional;
A proposta é de um mandato coletivo em prol do Amapá, da Amazônia, da saúde e dos trabalhadores.
“Assim como na pandemia, onde fui incansável para salvar vidas, e por toda a minha trajetória, vou perseguir os caminhos por mais desafiadores que sejam para defender o meu estado”, garante o “Cara da Vacina”.
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