“É especial”, diz promesseiro que há 1 ano estava na UTI

Fiel doa corda para o Círio de Macapá há 10 anos. Corda tem 300 metros de comprimento, 200 milímetros de diâmetro.
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Por RODRIGO ÍNDIO

Chegou a Macapá a corda do Círio de Nazaré 2022, um dos principais ícones da festividade religiosa que acontece no segundo domingo de outubro – que este ano cairá no dia 9. O evento retorna após dois anos de pandemia da covid-19.

O objeto de devoção utilizado para fazer promessas e agradecer graças alcançadas foi doado à coordenação do da festividade nesta quinta-feira (8).

A doação foi feita por uma empresa de transporte de mercadorias, que fez a locomoção da corda de São Paulo (SP), onde é produzida, até a capital amapaense. O empreendimento faz essa doação pelo décimo ano.

Muitas pessoas fizeram questão de estar nesse momento. Um deles foi Kleber Campos, de 47 anos, sócio da empresa que doou a corda. Ele lembra que há um ano estava sendo internado em um leito de UTI com covid-19.

Kleber Campos: “Tenho certeza que outros amapaenses têm esse mesmo sentimento de gratidão”. Fotos: Rodrigo Índio/SN

Corda é ícone do Círio

O empresário recorda que quando chegou à unidade de saúde, uma enfermeira lhe entregou um terço e uma oração de Nossa Senhora de Nazaré, e disse: “ela vai lhe tirar daqui”.

“Hoje estou tendo a oportunidade de fazer essa entrega. É muito importante e especial. Tenho certeza que outros amapaenses têm esse mesmo sentimento de gratidão”, emocionou-se.

Corda tem cada centímetro disputado por milhares de fiéis durante a procissão

A corda, que tem cada centímetro disputado por milhares de fiéis durante a procissão, esse ano tem 300 metros de comprimento, 200 milímetros de diâmetro e foi confeccionada artesanalmente com sisal.

O coordenador geral da Festividade do Círio de Nazaré no Amapá, padre Rafael Donneschi, falou da tradição.

A esse ano tem 300 metros de comprimento…

… 200 milímetros de diâmetro e…

… foi confeccionada artesanalmente com sisal

Rafael Donneschi, coordenador geral da Festividade do Círio de Nazaré no Amapá

“A corda nasceu para ajudar a puxar a berlinda. Aos poucos, foram aumentando os promesseiros que queriam ajudar a puxar, que se tornou um símbolo de quem quer pagar alguma promessa e intercessão de Nossa Senhora junto a Deus por uma graça alcançada. Conheço pessoas que têm coleções de pedaços de cordas de edições anteriores. Hoje a corda também delimita o espaço de segurança da berlinda”, disse.

Seles Nafes
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