Por SELES NAFES
As empresas de ônibus de Macapá entraram na campanha eleitoral para desmentir informações divulgadas pela campanha do candidato e vice-governador do Estado, Jaime Nunes (PSD). O Sindicato das Empresas de Ônibus (Setap) negou a informação de que as operadoras do sistema de transporte tenham sido beneficiadas por um perdão gracioso de dívidas, e acusa o vice-governador de má gestão à frente do Sebrae.
O acordo, mediado pelo Tribunal de Justiça, ocorreu em 2019. As empresas alegavam que a prefeitura devia R$ 90 milhões de subsídio da tarifa social desde que o benefício foi criado, em 2008. As empresas também deviam quase o mesmo valor em ISS, o imposto sobre serviço.
Com a mediação do Tjap, elas aceitaram abrir mão de R$ 20 milhões e fazer um encontro de contas com a prefeitura para abater o que deviam de ISS, se comprometendo ainda a pagar R$ 2 milhões ao município.
“Todo o processo foi acompanhado pelo Ministério Público Estadual, pela Câmara de Vereadores e pelo Procuradoria Geral do Município. Colocar em xeque é macular a seriedade dessas instituições, como tenta fazer a campanha de Jaime Nunes”, diz o Setao em nota de esclarecimento.
Má gestão
As empresas fazem acusações a Jaime, e citam uma suposta condenação do TCE por um suposto prejuízo ao Sebrae. O empresário também teria murado uma área que pertence ao Estado ao redor da Nortelog, no Distrito Industrial “usando a prerrogativa de vice-governador para não ser citado ou responder pelo crime”.
Super balsa da Norte logo na área supostamente murada pelo vice-governador
“Aliás, em mais de duas décadas dirigindo direta ou indiretamente o Sebrae Amapá (por meio de suas indicações) nunca ajudou efetivamente os pequenos e microempresários que movimentam o comércio local. Sua prioridade são suas empresas. A prova disso é que o Sebrae (administrado por pessoas de seu grupo político) nada fez para socorrer as empresas, especialmente de pequeno e médio porte, que penaram durante a Pandemia. É esse o homem que se diz grande administrador”.
“O Setap já acionou a Justiça para pedir a reparação da verdade e indenização pelos danos morais sofridos”.
A campanha de Jaime foi procurada, mas ainda não se posicionou sobre o assunto.