Um grupo criminoso responsável por dezenas de crimes violentos em Macapá foi alvo de uma grande operação da Força Tarefa de Segurança Pública do Amapá (FTSP), que cumpriu, na manhã desta terça-feira (20), 50 mandados de busca e apreensão, e 21 de prisão preventiva.
Ordens judiciais foram cumpridas por mais de 450 policiais das Polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal e Penal, em bairros da capital e no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
De acordo com as autoridades, a Operação Armageddon é resultado da investigação que apurou o latrocínio do advogado Nícollas Almeida, de 27 anos de idade, que foi morto durante assalto na madrugada de 21 de maio deste ano, no Bairro Centro de Macapá, quando chegava em casa com a noiva.
Depois do crime, foram identificados os integrantes do grupo criminoso denominado Bonde do Pé na Porta e, também, outros integrantes da maior facção criminosa que atua no Estado, responsável por roubos, homicídios, latrocínios, tráfico de drogas, de armas de fogo, dentre outros.
A maioria dos membros desse grupo criminoso já havia sido presa logo após o latrocínio do advogado, contudo, as investigações miraram nos demais integrantes, que causavam terror nos moradores, principalmente, dos bairros Cidade Nova, Perpétuo Socorro, Pacoval e Central.
A investigação constatou que os criminosos atuavam em diversas frentes, mantendo moradores na lei do silêncio nas comunidades com ameaças, além de monitoramento de viaturas policiais.
A Força Tarefa verificou que os integrantes organizavam os crimes por meio de grupos de rede social, onde havia aproximadamente 200 membros e mais de 9 mil mensagens trocadas.
Eles possuíam uma espécie de tribunal do crime, aplicando punições aos membros da própria facção que não seguiam as ordens das lideranças presas no Iapen.
Os crimes investigados são de tráfico de drogas, armas e organização criminosa. A pena pode chegar a 35 anos de prisão.
As autoridades ainda não informaram o que foi apreendido na operação.
Força Tarefa
Fazem parte da ação da Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP), além dos integrantes desta, o Bope, a Força Tática, 1º, 4º e 6º Batalhão da PM, o GTA, Corpo de Bombeiros Militares, CORE da Polícia Civil e Grupo Tático Prisional (GTP). Também participaram da investigação o Núcleo de Inteligência do Ministério Público (NIMP) e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO).