Por SELES NAFES
O candidato ao Senado pelo PTB, Guaracy Júnior, acusou o candidato ao governo em sua chapa, Jaime Nunes (PSD), e o prefeito Furlan (sem partido), de traírem acordos e enganarem a comunidade evangélica, além dele próprio. Foi durante entrevista na rodada que a Central das Eleições e SelesNafes.Com estão realizando com os candidatos ao Senado, na rádio Tarumã FM.
A entrevista foi concedida na manhã desta sexta-feira (23). Durante 42 minutos, o candidato disse que se for eleito vai dedicar o mandato de senador ao destravamento de atividades econômicas do setor primário, especialmente no segmento mineral.
Para ele, que além de pastor é empresário pecuarista, o Amapá vive uma economia baseada apenas nas movimentações financeiras que as máquinas públicas fazem, e que não há um desenvolvimento econômico verdadeiro, com operação de indústrias de grande porte.
“Se não fosse o Bolsonaro o Amapá estaria arrasado. A massa de recurso que veio pra cá foi muito alta e o Amapá tem o maior percentual em auxílio emergencial com um valor muito maior. O Pará é o 7º estado em crescimento, e porque o Pará é melhor do que o Amapá? Aqui tem diamante, ouro, tantalita, ferro, cobre, calcário…mas ninguém faz nada, nosso povo tá na miséria”, descreveu.
“A riqueza do nosso estado não pode fazer a pobreza do nosso povo, que está na miséria. Temos o petróleo, que agora o MPF está contra. A Total (petrolífera) saiu daqui e foi pra Guiana, e agora está pegando o nosso petróleo de canudinho. O Amapá estaria lucrando R$ 8 bilhões por ano só com essa atividade. Seríamos um dos 4 estados mais ricos”, acrescentou.
Traições, sal e colorau
Sobre a aliança com Jaime e Furlan, Guaracy comparou traição com um bumerangue, “ela volta”.
“(Furlan e Jaime) Traíram Patrícia Ferraz, Cirilo Fernandes, Capi e os evangélicos. Imagina o noivo que descobre que a noiva está indo embora com a amante. Começando na política e já vem com essa. Ele (Jaime) chegou a dizer que o vice seria da Assembleia de Deus e isso não se concretizou. Agora aparece Rayssa Furlan como uma candidatura em cima da hora, que não comparece a debates e entrevistas porque não tem conteúdo, se esconde na saia do marido, o vulgo prefeitão. A política é só dancinha, sal e colorau? Cadê a proposta? É uma brincadeira e o povo está acordando pra isso”, questionou.
Assim como Capi (PSB), Guaracy também criticou a postura de Furlan, que vem pedindo votos para Rayssa entre os eleitores dos dois candidatos, agora ex-aliados. E mais: acusou Furlan de ser investigado pela prática de rachadinhas.
“Aí vem a Rayssa dizendo que vai criar uma lei pra dizer que rachadinha será crime, mas já é crime. E o processo (contra Furlan) está em segredo de justiça, são 31 cheques. Achei que Furlan fosse nova política, me enganei”, completou.
A rodada de entrevistas com os candidatos ao Senado prossegue na próxima segunda-feira (26) com Sueli Pini (PRTB).