Por SELES NAFES
A guerra instalada dentro do MDB do Amapá não acabou com a liberação de Rayssa Furlan para apoiar Jaime Nunes (PSD). A renúncia de quatro candidaturas femininas revelou que o conflito interno existe e é grave, a ponto de colocar em risco toda a nominata de nomes que concorrem a Assembleia Legislativa. A crise também pode chegar à nominata de candidatos a deputados federais.
A legislação eleitoral determina que 30% das candidaturas proporcionais sejam de mulheres. A nominata (relação de candidatos) do MDB a deputado estadual estava completa, mas a renúncia esta semana de 4 mulheres surpreendeu.
Declinaram: Sueti Palheta, Maria Beatriz, Ariane Alfaia e Elisângela Barata. O status delas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já aparece como “renúncia”. O prazo para substituição dos nomes termina no início da semana que vem, mas ainda não há indicativos de que isso irá ocorrer, e o presidente do MDB, Gilvam Borges, também não tem pressa.
Pressionado por ex-aliados que tentam tomar o poder dentro do partido, Gilvam recebeu apenas R$ 500 mil dos R$ 3 milhões previstos para a campanha de governador, numa represália pela ofensiva que deflagrou contra Jaime Nunes e Rayssa, a quem acusa de infidelidade.
Apesar disso, o presidente do MDB ainda tem cartas na manga, e pode ir pro tudo ou nada. Ou seja, se houver apenas uma desistência entre candidatos a deputado federal, a nominata toda fica impedida de participar do pleito. Lembrando que a vice-prefeita Mônica Penha é uma das principais aliadas de Gilvam e é candidata a deputada federal.
Os céus no MDB continuam nublados.