Por LEONARDO MELO
Duas advogadas, um psicólogo e um policial penal estão entre os denunciados em mais uma remessa enviada à justiça pelo grupo de promotores que atua na Operação Queda da Bastilha. É a mesma operação que prendeu e (também já denunciou) o delegado de polícia Sidney Leite. Desta vez, o Ministério Público se concentrou em outros acusados, inclusive “Tio Chico”.
Desta vez, com base em conversas extraídas do celular de Ryan Richelle, o Tio Chico, os promotores afirmam que ele teve a ajuda das advogadas Verena Lúcia e Ana Karina Guerra Matos para conseguir com dois servidores do Iapen os documentos de conteúdo falso que possibilitaram o regime domiciliar para o traficante, apontado como líder máximo da Família Terror do Amapá (FTA).
Também foram encontrados no celular de Verena (nuvem) arquivos de transferências bancárias para um dos servidores.
O grupo foi denunciado por vários crimes, entre eles associação criminosa, uso de documento falso, falsidade ideológica e corrupção passiva e corrupção ativa.
A denúncia de 18 páginas é assinada pelos promotores de justiça Rodrigo Assis, Christie Girão e Andrea Guedes, que conduziram as investigações pelo Gaecco em conjunto com a Polícia Federal. Os promotores já avisaram que no total serão ofertadas 5 denúncias. Esta é a segunda.
O delegado Sidney Leite, que era o chefe da DTE, está preso preventivamente desde o dia 14 de setembro, quando foi deflagrada a primeira fase da Operação Queda da Bastilha. Ele é acusado de envolvimento com Tio Chico, que foi transferido para um presídio federal no dia 23 de setembro.