Por SELES NAFES
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) vai julgar uma ação de investigação eleitoral proposta por dois ex-candidatos a deputado estadual. O processo alega que o PTB concorreu com candidaturas femininas laranjas, o que possibilitou a reeleição de Jaime Peres.
Os autores da ação são os ex-candidatos Pedro Filé (PDT) e Alexandre Ramos (PP). Eles citam várias irregularidades na chapa de deputados estaduais do PTB, entre elas, as candidaturas de duas irmãs e uma candidata que só teve 2 votos.
A alegação é de que elas foram registradas pelo PTB apenas para cumprir a cota legal de 30% de candidaturas femininas.
No caso das duas irmãs (Maria e Joaquina Ramos), os ex-candidatos afirmam que elas precisariam “disputar cada um dos votos de seu núcleo familiar e social, votos estes decisivos no sistema proporcional. Tal situação, somada a todos os elementos de prova produzidos nestes autos, comprovam o abuso do poder e a fraude no processo eleitoral”.
Depois de obterem o registro de candidatura pelo TRE, as duas irmãs renunciaram e não foram substituídas. O mesmo ocorreu com a candidatura de Maria Nery, que foi indeferida pelo tribunal, mas também não foi substituída.
Candidata assessora de deputado
Outro caso citado pela ação é a candidatura de Xandika Nunes, que recebeu R$ 15 mil de fundo eleitoral, mas só teve 2 votos. E, ainda por cima, Xandika declarou apoio ao “adversário” Jaime Peres, que concorria ao mesmo cargo. Na verdade, diz a ação, Xandika é subordinada à Jaime Peres. Consta no processo que ela foi nomeada assessora dele em 2019, com um salário superior a R$ 4 mil.
O processo foi ajuizado na Corregedoria do TRE. Se a chapa for considerada irregular, Jaime Peres terá os votos anulados, e quem deve ser convocado para ser diplomado será Pedro Filé.
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