Por RODRIGO ÍNDIO
Uma grande confusão interrompeu o concurso da educação num dos locais de prova, na tarde deste domingo (16), em Macapá. Candidatos relataram suposta invasão, ameaças de tiros e de bomba no Centro de Educação do Amapá (Cedap), localizado na Avenida Mendonça Júnior com a Rua Jovino Dinoá, na área central de Macapá.
Inicialmente surgiu a suspeita de um possível desabamento do prédio após um grande barulho, o que foi descartado posteriormente pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amapá.
Segundo candidatos que estavam em salas no térreo, por volta de 14h35min, quando o portão já havia sido fechado, candidatos que não chegaram a tempo começaram uma confusão para entrar. Os alunos dentro das salas solicitaram que os fiscais chamassem a PM.
Às 15h, a prova começou e a baderna continuava na portaria. Com 15 minutos de prova, houve correria dando a entender que houve invasão no prédio. Foi aí que o tumulto começou.
“Teve um grande barulho e ainda estouros, igual de tiros ou bombas. Todo mundo começou a se pisotear pra sair da sala. A fiscal abriu a porta e disse que a coordenação mandou evacuar a sala por ameaça de bomba. Nós da sala térrea ficamos na recepção desesperados e sem saber o que fazer”, falou uma candidata que preferiu não se identificar.
“Passado uns 5 minutos veio uma outra multidão dizendo que era pra todo mundo se jogar no chão que tinha gente armada no prédio. Voltamos pra sala e nos jogamos debaixo das cadeiras e no banheiro. Depois a polícia chegou e nada mais foi falado pra gente. A ameaça foi de invasões, de arma em punho e a questão da bomba”, acrescentou.
Jedean Gonçalves, de 41 anos, que concorre a vaga de pedagogo, falou que o desespero foi tamanho que muitas pessoas passaram mal e outras até esqueceram pertences nas salas.
“Agora, a gente quer uma resposta para saber como ficará nossa situação, pois houve uma preparação e vieram pessoas até do interior prestar concurso. Até agora não temos uma informação concreta sobre o que ocorreu e como ficará nossa situação, sendo que saímos por orientação da coordenação”, falou.
O capitão Telfran Gomes informou que foi feita uma avaliação visual e não foi encontrada nenhuma fissura, trinca ou rachadura no prédio. Quatro pessoas precisaram de atendimento, entre eles uma grávida.
“Não sabemos o que startou o barulho que os candidatos dizem ter ouvido e que gerou o pânico. Acionamos o engenheiro do Corpo de Bombeiros que irá avaliar a condição do prédio”, comentou o capitão.
Cerca de 700 candidatos estavam inscritos para fazer a prova para pedagogo e professor de educação básica em 14 salas na escola. Os que saíram às pressas querem que a prova para pedagogo seja anulada alegando que 20 minutos depois do início das provas os candidatos estavam com os cadernos de provas do lado de fora do prédio, quebrando uma regra. Os candidatos só poderiam sair com os cadernos a partir das 18h30.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV), empresa organizadora, ainda não se pronunciou sobre o assunto.