Por SELES NAFES
O juiz Augusto Leite, do Juizado Especial Criminal de Macapá, mandou intimar os empresários Marcos Ribas e Geovane Borges para uma audiência de conciliação. Ribas, que é o presidente do Podemos no Amapá, é acusado por Geovane (irmão de Gilvam Borges) de agressão, injúria e ameaça. Os crimes teriam ocorrido durante a campanha eleitoral.
Entre julho e agosto, Ribas e Gilvam Borges trocaram acusações por manobras para supostamente atrapalhar a chapa de Rayssa Furlan (MDB) ao Senado. Ribas chegou a dizer que sua assinatura renunciando à vaga de suplente tinha sido falsificada.
As trocas de suplentes chegaram a confundir até o Tribunal Regional Eleitoral, que numa longa sessão acabou decidindo pela legalidade da chapa depois que Ribas reconheceu que era dele mesmo a assinatura.
No dia 26 de agosto, por volta de meio-dia, Geovane alega que estava chegando num hotel na orla de Macapá para encontrar com amigos quando foi abordado e agredido fisicamente por Marcos Ribas.
O presidente do Podemos o teria ameaçado dizendo “vou te pegar”, e ainda o chamou de “ladrão”, “velho safado” e “vagabundo”. A esposa de Geovane Borges, numa tentativa de acalmar os ânimos, teria sido agredida com empurrões.
Geovane, que tem 70 anos, é ex-deputado federal e ex-prefeito de Santana. Ele registrou boletim de ocorrência e o caso foi parar no juizado criminal. O mais provável é que a justiça conceda a Ribas a chamada “transação penal”, que é quando o réu tem o direito de não sofrer condenação por ser primário e responder a um crime de menor potencial.