Por SELES NAFES
Depois de ser condenado à prisão, o vereador Odilson Nunes (PDDB) pode também perder o mandato. No entanto, a Câmara Municipal de Macapá é quem dará a palavra final. Oficialmente, o único posicionamento da Casa é de que o parlamentar terá direito à ampla defesa.
Odilson Nunes foi condenado num processo que apurou a participação dele no crime de corrupção de testemunha. De acordo com denúncia do Ministério Público Federal, o vereador (que também é dono da empresa de vigilância Pargel) teria oferecido vantagem para que uma testemunha não prestasse depoimento contra ele numa ação de impugnação de mandato eletivo.
A testemunha é ex-funcionário da empresa dele. Odilson teria oferecido quitar os débitos trabalhistas e ainda readmiti-lo, o que não aconteceu. Consta no processo que um encontro foi marcado com a testemunha para tratar do pagamento, no exato dia marcado para a oitiva.
Odilson foi condenado a 4 anos em regime semiaberto. Um funcionário dele que teria mediado o acordo também foi condenado a 3 anos em regime aberto.
Nas redes sociais, após a veiculação da notícia, Odilson disse desconhecer qualquer processo judicial. Pudera. Ele também não se manifestou no processo criminal e por isso foi condenado à revelia pelo juiz Mário Franco Júnior, da 4ª Vara Federal de Macapá.
Normalmente, as casas legislativas encaminham esses casos ao conselho de ética, que tem prazo para notificar o vereador, ouvir a sua defesa e emitir um parecer que depois será submetido a plenário.
A assessoria do presidente da Câmara de Macapá, Marcelo Dias (SD), disse apenas que Odilson terá direito de se defender, mas não mencionou quando o conselho de ética se debruçará sobre o tema.
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