Por RODRIGO ÍNDIO
A dona de casa Gisele Mendes de Sousa, de 29 anos, diagnosticada com câncer no ânus, está desolada. Se não bastasse a gravidade da doença, para piorar, ela enfrenta o desafio de se alimentar e se manter com os quatro filhos menores de idade. A família vive em um pequeno quarto alugado.
Sua história é dramática. Há dois anos, a diarista começou a evacuar sangue nas fezes e sentir muita dor. Mal conseguia sentar ou andar. Foi então que procurou ajuda no Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (HCAL). A espera foi de cerca de um ano e sua situação agravou.
Ela recebeu ajuda da ONG Pacientes Oncológicos Unidos pela Vida e pelo Amor (Pouva) e de uma amiga. Depois da intervenção da entidade, Gisele conseguiu o Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD) pelo Governo do Estado.
Em 23 de junho ela viajou para Belém (PA) para começar tratamento no hospital João Barros Barreto. Dia 19 de novembro ela voltou para o Amapá. Agora, ela e seus filhos (que ficaram sob os cuidados de familiares também carentes) vivem um dia de cada vez.
“Estamos morando de aluguel aqui perto da casa da mamãe. O dono fez R$ 200 pra gente, mas há dias não temos o que comer. Na geladeira e na despensa não tem nada. Gás também não tem, as vezes cozinhamos na lenha aqui fora quando alguém doa algo”, disse chorando.
O pai de Gabriel e Gabriele, de 15 e 12 anos, respectivamente, mora fora do estado. Ele dá R$ 150 por mês equivalente a pensão dos dois filhos. Já o pai de Sara e Ana, de 4 e 3 anos, não paga pensão. A família vive com a renda de uma bolsa de R$ 600. O adolescente de 15 anos é quem toma conta de todos os menores e faz os serviços domésticos.
“Três filhos estão na escola. Só a menor que ainda não. Eu quero oferecer o melhor pra eles, tenho fé de me curar para voltar a trabalhar, mas como ainda não consegui, decidi pedir alimento para eles, só o que peço”, suplicou.
Apesar do pedido modesto, Gisele confidenciou que faltam roupas para as crianças, uma recarga de gás e recursos para ela trocar a bolsa de colostomia.
No quarto onde vivem, existem dois ventiladores velhos, uma TV antiga, uma cama e um colchão bastante desgastado onde os dois filhos maiores dormem no chão. Na geladeira há apenas água.
“Quem puder ajude meus filhos com qualquer coisa. Eu não tenho como retribuir, mas Deus tem e serei eternamente grata”, finalizou Gisele, emocionada.
Para ajudar, basta entrar em contato com Gisele Sousa pelo número (96) 98436-5170 (Ligação/WhatsApp). Quem preferir pode fazer transferência bancária pela chave pix: 035.441.582-48 (CPF), em nome de Gisele Mendes de Sousa.
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