Por SELES NAFES
Fontes do Gaecco confirmaram no fim da manhã deste sábado (5) que não era na cela do delegado Sidney Leite que estava o celular apreendido hoje, em mais um desdobramento da Operação Queda da Bastilha. A defesa, que também teve acesso ao auto de apreensão, também informou que o aparelho estava na cela de um policial penal.
O policial é José Antônio, ex-coordenador de saúde do Iapen, que também foi preso no dia 14 de setembro na primeira fase da operação. Ele divide a cela com mais três presos por outros crimes. José Antônio é acusado de ajudar a falsificar laudos médicos para beneficiar o traficante Ryan Richelle, o “Tio Chico”, líder da FTA.
A cela do delegado Sidney Leite chegou a ser revistada durante o cumprimento do mandado de busca, mas nada de anormal foi encontrado. Mais cedo, uma fonte da operação chegou a afirmar que o celular estava na cela dele.
“A informação do livro de ocorrência mostra que o mandado era contra o José Antônio. Os policiais penais do centro de custódia pediram que fosse feita a vistoria nas outras celas também, mas nada foi encontrado. Vamos aguardar o laudo da perícia desse celular”, comentou o advogado Constantino Braúna, que cuida da defesa do delegado.
“O delegado Sidney mal está tendo contato com a própria esposa (que está grávida). Ele não usa celular”, acrescentou.
A defesa está pedindo oficialmente cópia do livro de ocorrência para prevenir possíveis publicações falsas contra o delegado.
“Ele é inocente. Está tentando comprovar isso, e colocaram a cela como se fosse o Sidney. Além dele, mais quatro pessoas estão com ele na cela”, concluiu.
No dia 26 de setembro, outro celular já havia sido encontrado na cela onde está o delegado. O aparelho estava escondido dentro de um rádio, mas ainda não foi possível comprovar se o aparelho pertencia a ele. O laudo pericial no aparelho ainda não ficou pronto.