Por RODRIGO ÍNDIO
Dona Maria Sônia de Jesus, de 60 anos, é mãe de 8 filhos e avó de 6 netos. Há 8 anos, começou a acompanhar o marido, conhecido como seu “Gito”, nos serviços autônomos de limpeza e zeladoria de túmulos no Cemitério São José, no Bairro Santa Rita.
Um ano depois, ficou viúva e desde então decidiu seguir os passos do companheiro que exerceu a profissão por três décadas. Assim, há 7 anos, ela trabalha sozinha. É assim que sustenta sua casa, no Bairro Buritizal, e paga suas contas.
“Eu limpo, capino, faço de tudo. Não tem tempo ruim comigo. Meu alimento vem desse serviço. Sou grata aos patrões fixos que pagam para zelar pelos mausoléus dos entes queridos deles. Infelizmente, perdi 6 patrões na pandemia, chorei muito. Mas, Deus vai restabelecendo nossa vida e vamos lutando pra sobreviver”, falou.
Apesar da força de vontade, a rotina não é fácil. A sexagenária detalhou que chega ao cemitério às 7h e, na maioria das vezes, só sai às 19h, depois de muito trabalho braçal.
“Nas datas comemorativas, como Dia de Finados, pego mais serviço. Já trouxe meu neto pra aprender junto comigo para ser alguém que trabalha e ganha dinheiro de forma digna”, comentou.
A idosa vê no dia 2 de novembro uma oportunidade de faturar um extra, numa espécie de 13° salário. Ela fala dos preços dos serviços.
“Hoje, varia de R$ 50, R$ 30 até R$ 20, depende do lugar. Dependendo da conversa, a gente já fica zelando o ano todo. E assim vamos sobrevivendo. Quanto mais idade eu tenho, mais vontade tenho de trabalhar. Quem vier pelo cemitério, precisar de serviço, basta me ligar”, finalizou.
Quem tiver interesse em contratar os serviços de dona Maria Sônia de Jesus, basta entrar em contato pelo número (96) 99192-9228 (Ligação/WhatsApp).