Por RODRIGO ÍNDIO
Um bebê de apenas 3 meses de vida luta contra o tempo e contra o Sistema Único de Saúde no Amapá para ficar vivo. O caso é do município de Santana, a 17 km de Macapá.
Patrícia da Costa Coutinho, 24 anos, é dona de casa e mãe do pequeno Willian Matheus, de 3 meses. O menino luta para sobreviver e a família precisa de ajuda urgente.
A jovem conta que o filho nasceu com um linfangioma cístico (tumor congênito) que atinge a região da cabeça e pescoço. O menino mal consegue comer, pois um outro tumor está surgindo dentro de sua boca.
“Ele não mama, só toma leite NAN, que a lata tá R$ 48. Uma dura três dias. Não conseguiu pegar peito por conta dessa doença, ele respira com muita dificuldade, às vezes quando tá dormindo, sacudo ele pra ver se tá vivo. É muito triste”.
A mãe lembra que a criança nasceu com essa anomalia e passou 18 dias internada na maternidade Mãe Luzia até descobrirem do que se tratava. Dois meses depois, passou pela primeira consulta com um médico no Hospital de Clínicas Dr. Alberto Lima (HCAL), principal unidade de alta complexidade do sistema público de saúde do Amapá.
“O médico falou que meu filho só podia fazer o procedimento com 6 meses, isso sem sequer tocar na criança. Com medo de perder meu filho, entrei na Defensoria Pública, que marcou com outro cirurgião no próprio HCAL, mas ele se recusou a avaliar meu filho. Ficamos sem chão e constrangidos. Eu chorei de raiva”, lembra Patrícia.
A criança sente bastante dores e chora muito. Cansados de esperar pelo sistema público, os amigos, vizinhos e familiares decidiram promover uma rifa beneficente. Com o pouco que conseguiram, decidiram pagar uma consulta de R$ 300, numa clínica particular.
Por ironia, eles foram atendidos pelo mesmo médico do HCAL, da primeira consulta.
“Agora o médico disse que precisa ser feito o procedimento com urgência. Meu filho precisa de seções de tratamento, de remédios de manipulação e o tratamento geral pode chegar a R$ 30 mil no particular. Ele ainda sorriu pra mim falando isso. Meu marido trabalha com manutenção de piscina, e uma coisa que temos é fé e estamos na luta. Pelo SUS eu desisti”, detalhou.
A rifa, no valor de RS 3, oferece 13 prêmios e será realizada no próximo dia 19 de novembro, às 19h, em um mercantil próximo a casa da família.
Quem tiver interesse em ajudar com a compra rifas ou doações, basta entrar em contato com o número (96) 98433-3873 (Ligação/WhatsApp), que também serve como chave PIX, no nome de Mauro Ferreira Cardoso, pai da criança.
“Não tem como esperar. Tenho medo que meu filho morra. Quem puder me ajudar com qualquer coisa será bem-vindo. Pode ser com qualquer valor, comprando rifa, doando leite ou fralda M. Vou ser eternamente grata a quem ajudar a salvar meu filho”, finalizou.
Quem preferir, pode ir até a família na área central do município de Santana.