Por SELES NAFES
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu encerrar a polêmica sobre a candidatura do suplente do pastor Guaracy Júnior (PTB), o milionário Otávio Fakhoury. Os ministros entenderam que a ação que barrava a candidatura dele perdeu o objeto, ou seja, o sentido de existir.
A chapa ao Senado obteve apenas 2,26% dos votos na eleição no Amapá. Eles concorreram à vaga recorrendo da decisão do Tribunal Regional Eleitoral, que barrou a candidatura de Fakhoury. Acatando parecer do Ministério Público Eleitoral, a corte amapaense entendeu que ele não comprovou domicílio eleitoral em Macapá.
Na verdade, o empresário não mora mesmo no Amapá, mas ao longo do processo tentou convencer a justiça eleitoral que tinha vínculos com o estado, inclusive com intenção de fazer investimentos imobiliários. Não foi o suficiente.
O TSE analisou o voto do relator do recurso, o ministro Raul Araújo. O magistrado se baseou em entendimento do próprio tribunal de que apenas candidaturas que tenham alcançado a partir de 50% merecem ter o recurso apreciado.
“Os votos atribuídos ao recorrente, somados aos do outro candidato que, igualmente, concorreu sub judice, correspondem a 2,28% do total de votos naquele pleito, o que permite concluir que o julgamento da pretensão recursal é incapaz de influenciar no resultado daquelas eleições”, justificou o ministro.
Fakhoury foi o candidato mais rico da eleição no Amapá, em 2022. Ele, que mora em São Paulo, declarou patrimônio de R$ 123 milhões, entre aplicações, imóveis e outros investimentos. Guaracy declarou R$ 5,2 milhões.