Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Hoje, 10 de dezembro de 2022, ocorre um jogo que nem meus melhores sonhos de curioso da história, poderiam sonhar em ocorrer em uma Copa do Mundo. E ainda tem o Amapá no meio.
É que em 1578, na batalha de “grande fortaleza” de Alcácer-Quibir, no Marrocos, falecera, provavelmente, o rei expansionista e cruzadista de Portugal, D. Sebastião.
Envergonhados da derrota para mouros resistentes, os europeus – lusitanos, no caso –, inventaram lendas e mais lendas sobre seu rei. D. Sebastião fora aguardado por muito tempo em uma praia atlântica de Portugal. Uns o viram em Veneza e outros até em dunas dos lençóis maranhenses!
Um pouco mais tarde de Alcácer-Quibir, em 1770, uma cidade inteira foi transferida de Marrocos para o Brasil, aqui para a minha Amazônia amapaense. Foi Mazagão, a terra de papai, de um bom marabaixo, de rios bonitos e povo festeiro, que surgiu deste embate entre mouros e cristãos. Após enfrentar os penosos tempos do cólera, quem por aqui ficou até hoje encena a guerra com lindas cores marroquinas, na festa de São Thiago.
De modo que hoje venho revelar a verdade: D. Sebastião está em Mazagão, comendo conserva com farinha da baguda e dançando tecnobrega, não quer retornar aos lusos e virou casaca faz tempo: “Hoje Portugal x Marrocos vai ser igual em Alcácer-Quibir: não vai sobrar um pastelzinho de Belém pra contar história”, teria dito o ex-monarca.
Vem Portugal, vem buscar D. Sebastião!